sábado, 31 de dezembro de 2011

chegados a esta hora

aqui fica, não em jeito de promessa mas de um objectivo a cumprir: 2012 tem que ser um ano extraordinário!

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

uma boa tradição

pode dizer-se que estamos em plena época de exagero cá por casa, tal foi a quantidade de fritos, chocolates, doces, frutos secos, pratos e pratinhos que se comeu (e continua a comer). diz que tenho desculpa mas não é bem verdade.
falta ainda experimentar uma receita de bolo-rei na maquina do pão - a testar amanhã ou depois e os sonhos de abóbora (uma receita que me deram). hoje li um texto muito interessante sobre este sentimento que nos faz correr no natal e não posso estar mais de acordo: Jingle bells, suckers! no ardeu-padaria. Para mim, pelo menos a caricatura assenta como uma luva.

Penso que foi Guiddens quem escreveu, em tempos, algo sobre a tradição procurando explicar como isto das tradições é muito relativo e que, a maioria, são habitos adquiridos após a revolução industrial. Isto é, habitos de uma sociedade moderna, automatizada, produtora de quantidades e de padrões e, por isso mesmo, estimulando o consumo. Claro que sim. O sociólogo tem toda a razão embora não me faça diferença nenhuma perpetuar uma tradição com poucos anos e até iniciar as minhas próprias tradições.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Bom Natal! Boas Festas







Aqui ficam os meus desejos de uma boa quadra natalícia para todos! Sejam felizes, comam muitos docinhos, bebam alguma coisa boa, e convivam muito com os que amam.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

quase natal

toda a gente se queixa da falta de espírito natalício este ano: que a coisa não está para grandes festas, que andamos todos desanimados, que é preciso "cortar" nas prendas, etc, etc.
não sinto nada disso. claro que cá em casa sofremos, como toda a gente, os efeitos da crise e racionamos prendas e mais alguns gastos.
mas perder a parte boa desta época do ano só porque não podemos comprar mais coisas???

a benção da falta de memória

estava a caminho de uma daquelas loja de coisas boas, onde tinha encomendado azevias de grão e de batata doce - sim é tempo do pecado da gula!
mesmo à porta encontrei a minha amiga F acabadinha de sair do infantário com a princesa R e um rol de queixas para desfiar. ora a pequenita decidiu fazer uso da única coisa que controla para chatear os adultos e vai daí voltou a fazer os chichis indisciplinadamente recusando terminantemente despachar o assunto nas horas que lhe destinam para o assunto e, pelo contrario, fazendo-o quando e onde lhe apetece. e pior é que este acto de rebeldia está a deixar toda a gente louca, incluindo a mãe que, no final do dia, é presenteada com duas mudas de roupa para lavar.

quando regressei a casa comentei o assunto com o pai cá de casa e o que obtive como resposta? - "nós tivemos sorte que o pequeno portou-se bem nesta parte do desfralde".
e é aqui que dou graças pelos efeitos da memória selectiva, ou pela ausencia total da dita, que nos permite seguir em frente e esquecer as partes piores. ufa!

assim passo à segunda ronda quaaaaaaaaaaase despreocupada.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

uma cor assim





























os casacos são de DVF, o conjunto feliz de preto, branco e vermelho de bcbgmaxazria, e o vestididnho de CH (gostaria de um vermelho mais vermelho e não tanto do laranja), colecções deste inverno.







gosto especialmente do vermelho, uma cor que não é a minha mas que me atrai.






segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

mais do mesmo

e já que estou com a mão na massa: liguei para o hospital para confirmar se o resultado da amniocentese já tinha chegado, por indicação das pessoas que ma fizeram. e nada, que houve uns feriados pelo meio e as coisas atrasaram-se. que mais vale ligar só lá para o final da semana.

caramba nem todo o espírito natalício do momento pode poupar-me a tamanha irritação!

mas afinal porque é que estas coisas me chateiam tanto ou vai mas é buscar o aspirador

Este texto podia ser sobre uma das causas do nosso subdesenvolvimento endémico, sobre porque é que os nossos empresários (uma grande parte) não aguentam a concorrência de uma simples lojeca de tarecos chineses ou até sobre as vantagens desse diabo que é o mercado livre.
Mas é apenas sobre um episódio doméstico, uma coisa banal como é a cama do pequeno precisar de um arranjo, ter-se chamado o carpinteiro e eu ter ficado um dia inteiro à mercê desta incrível criatura. Veio no final da manhã, entrou-me pela casa sem cerimónias nem cuidados - qualquer pequeno gesto como limpar as botas molhadas e sujas ter-me-ia deixado satisfeita, que eu sou uma rapariga fácil de contentar mas, tais preocupações, estavam longe do seu espírito ocupado.
Inspeccionou a cama, teceu uns comentários e depois espalhou tudo pelo quarto do miúdo: colchão, estrado, etc, etc. Quando finalmente concluiu que era melhor arranjar a cama ali mesmo perguntou-me se ia precisar dela esta noite. Sem perceber exactamente a sua intenção disse-lhe que sim, que o miúdo dorme ali e precisaríamos do quarto. Depois corrigi e expliquei-lhe que o colchão bastaria se ele precisasse de levar a cama mas desisti de ter boa vontade quando finalmente lhe percebi as intenções. O sr. carpinteiro congeminava na sua cabeça sobre se iria fazer um outro trabalhinho que prometera e deixar este trabalho para terça-feira ou se viria de tarde acabá-lo.
Expliquei-lhe, já com cara de poucos amigos, que um quarto naquelas condições não é o lugar mais seguro para uma criança ele acedeu e prometeu-me que iria fazer tudo para voltar à tarde: "às 2h30 pode ser?" Ainda teve tempo para corrigir um problema com a porta de entrada que retirou do sítio, apoiou sem nenhum tipo de protecção e limou. Limar não é o termo mas esteve ali a fazer lixo e barulho com aquelas maquinas de cortar. Colocou a porta esfolada no sitio e foi-se embora.
Voltou à hora prometida com os mesmos modos.

Eu gostaria mesmo era de ter opção e de não ter que voltar a chamar este senhor nem para pregar uma tabuinha que fosse. Infelizmente não há concorrência, não há brio profissional e eu acabarei a tarde a limpar o pó e todo o lixo que este sr. profissional tiver feito na minha casa. E depois disso terei que voltar a limpar as pegadas que marcaram o chão na entrada, pela segunda vez. E ainda vou ter que lhe agradecer pela sua disponibilidade já que, diz ele, até ao final do mês já não tem tempo para mais nada.

Não me cabe na cabeça que todos estes profissionais que entram nas casas das pessoas para trabalhar (electricista, carpinteiros, pintores, pedreiros e tantos outros) não tenham o mínimo de consciência sobre o que é respeitar o espaço dos outros e não limpem a porcaria que fazem.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

nestes dias em que o fim de ano se aproxima

o casal merkosy prepara-se, mais uma vez, para impor as suas vontades à europa e é confrangedor assistir à vassalagem que os restantes países prestam a estes ditadores modernos. há dias em que tenho vergonha de ser representada por esta gente (as amebas que elegemos), em que me dói a falta de brio, de orgulho e de visão. há dias em que me parece impossível que os países mais pequenos não se aliem para criar um outro equilíbrio na UE. até porque há vozes que vão balbuciando alguma coisa nesse sentido.

entretanto a imprensa nacional e os comentadores da praxe entretêm-se a vociferar contra um comentário que Sócrates terá feito numa qualquer "conversa de café" acerca da eternidade das dividas soberanas. nenhum de nós gostará de ouvir falar com tanta displicência da dívida, mesmo quando todos vivemos endividados até ao tutano.

cá por casa já é natal, já saíu a primeira rodada de rabanadas para um almoço de família, a árvore e as criaturas do mundo do fantástico animam a nossa cozinha e ontem comprei as primeiras prendas. o migas (o cão a pilhas cá de casa) levou uma pancada de um carro num qualquer passeio de fim de tarde mas comprovou-se que não há fracturas. entretanto conseguiu provar-nos que consegue correr tão depressa com 3 patas como com 4 em especial quando se trata de escapar do quintal, assim que apanha o portão aberto.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

há seis anos

no natal de 2005 estava gravida. tinha mais um mês de gestação mas o meu corpo estava menos gravido do que agora (em tamanho, em sensibilidade, em tudo). incrível! pode dar-se o caso de estar apenas mais gorda, claro.
a minha barriga tem, às 16 semanas, o tamanho que tinha, da 1ª vez, para aí às 20.
mas há também este pormenor da magia indescritível que é ter uma vida a crescer dentro de nós e que se sobrepõe a todos os medos, que anula todas as dúvidas. e que acaba por ser um pormenor e tanto!
ora eu quero permanecer uma criatura racional, ponderada e ser capaz de tomar as decisões que houver a tomar. porém, o vendaval de emoções, a tempestade hormonal que se desencadeia dentro de mim, anula todos os meus esforços. talvez seja pelo melhor, não sei. ainda falta uma semana e tal para chegarem os resultados da amniocentese e eu só já consigo pensar na fase seguinte. em corderosa, a cor mais pirosona que pode existir à face da terra!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

também não é representativo mas tem a sua graça!



via http://horas-perdidas.blogspot.com/

ainda a demografia e a verdadeira maldição

no momento em que engravido pela segunda vez e muito depois de ter ultrapassado o marco dos 30 aplico, pela primeira vez, as análises demográficas de que sempre gostei, ao meu próprio caso.
o retrato mais recente da população portuguesa voltou a confirmar que a verdadeira tragédia não é o envelhecimento mas a diminuição drástica e continuada do numero médio de filhos por mulher (menos de dois).
a mulher portuguesa tem o primeiro filho muito perto dos 30 (eu já tinha 33) diminuindo assim drasticamente as hipóteses de vir a ter o segundo, num quadro de vida em que trabalha muitas horas por dia (mais do que a média das mulheres europeias), ganha muito menos e vive numa sociedade muito pouco amiga das famílias alargadas! e esta sociedade a que me refiro não é um mito tecido pelas feministas dos anos 90 mas uma realidade que a maioria de nós enfrenta: desigualdade real nas oportunidades de acesso. a nossa sociedade escolheu preterir as mulheres, ter modelos de organização do trabalho incompatíveis com a vida familiar, estagnar no que à partilha de direitos e deveres parentais diz respeito, praticar salários desiguais entre sexos, manter um sistema político e de governação que funciona com a filosofia de taberna onde os homens se juntam fora de horas para beber copos e tomar decisões.
é claro que assim não renovamos gerações!

os percalços da demografia

Portugal está hoje entre os dez países mais envelhecidos do mundo. Aqui há uns anos o envelhecimento da população era um sinal de desenvolvimento. Dizia-se então que, por via da melhoria das condições de vida, da saúde em geral, da implementação de melhores condições de trabalho, etc., a vida podia prolongar-se. E se cresceu a esperança média de vida em Portugal!
Poucos anos volvidos e fala-se agora da "maldição do envelhecimento" que afecta países como o Japão, a Alemanha ou Portugal e aponta-se este fenómeno demográfico como causa da estagnação do crescimento da economia. Não compreendo este argumento, menos ainda quando se fala do Japão ou da Alemanha mas, como sempre, as relações estatísticas mais estranhas parecem justificar tudo.

Estranho é também o modo como a família alargada do sul da Europa, onde tinham lugar os velhos, as crianças e todos em geral, se desmoronou em poucas décadas, como a teia de laços sociais que garantia a sobrevivência e o acolhimento dos mais desprotegidos deslaçou. Esta transformação social é que é grave e não o envelhecimento como querem agora fazer-nos acreditar.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

ko

há mais de dois meses em estado de absoluto KO. até posso dizer que é por uma boa causa mas, irra!, já não posso mais com isto. pela segunda vez na minha vida trago uma vida nova comigo. e se esta notícia é, por si só, suficente para celebrar a verdade é que, entre a nausea, a perda de energia e as insónias não me sobra muita vontade de o fazer.

de modo que só já quero é que esta fase passe depressinha, que os exames marcados confirmem a viabilidade deste estado que o resto fica por minha conta.

terça-feira, 8 de novembro de 2011


E lá volto a repetir-me: chegou aquela fase do ano de que gosto tanto! O outono, as cores, a frio que vai chegando e os habitos que se (re)adaptam cá em casa.
Não tarda nada chegamos ao Natal.

Mas o tempo das castanhas assadas pontuada com uma escapadela à praia só para ver o mar revolto ainda sabe melhor.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

em nome do amor

Amanhã pais e familiares de crianças com síndrome Dravet, uma forma de epilepsia grave e ainda sem cura, caminharão juntos em varias partes do mundo: em Portugal, Espanha, Canadá, Inglaterra, EUA e Austrália.

Em nome do amor incondicional e munidos apenas de uma grande dose de esperança pais, familiares, amigos e todos os que se quiserem juntar querem apenas que o mundo saiba mais sobre esta doença e que ajude a encontrar uma solução para ela. Porque é possível! Tudo é possível quando há uma dose de esperança e de amor assim tão grande!!!






quinta-feira, 3 de novembro de 2011

caminhemos então











Caro amigo,


os nossos filhos sofrem de uma forma grave de epilepsia, designada Síndrome de Dravet.


A Síndrome de Dravet é uma doença rara, de causa genética, que se manifesta como uma epilepsia grave e incapacitante - em que as crises epilépticas, de diversos tipos, não são controláveis com os fármacos disponíveis – e que é acompanhada por um importante atraso no desenvolvimento psico-motor. Cerca de 75% dos pacientes com síndrome de Dravet têm uma mutação genética no gene SCN1A, produzindo este determinada proteína em quantidade insuficiente. Neste momento, O PROJECTO OPKO, na área da terapia genética, vem trazer uma grande esperança a estas crianças.


O QUE PODEMOS ALCANÇAR: O projecto OPKO está a ser desenvolvido pela OPKO Health Inc nos Estados Unidos da América e pretende alcançar uma forma de tratamento inovadora em que se procura, actuando sobre o gene afectado, estimular a produção da proteína deficitária. ( para mais informação ver documento anexo). Este projecto de investigação, na área da terapia genética, é apoiado pela Dravet Syndrome Foundation (DSF), que nasceu nos EUA e cujo núcleo europeu, ao qual pertencemos, está sediado em Espanha. (http://www.dravetfoundation.eu/) (http://youtu.be/OoLzehX-aRA) Temos esperança que este caminho nos aproxime de uma cura para esta doença e para outras do mesmo tipo.


DO QUE PRECISAMOS: Para a prossecução do projecto, serão necessários em 2012 cerca de USD 250 000 e, caso a investigação continue, como até aqui, a apresentar resultados favoráveis, um adicional de USD
1,5 milhões nos 3 anos subsequentes.


A investigação e desenvolvimento de novos fármacos dirigidos especificamente ao tratamento da síndrome de Dravet têm pouco interesse para a indústria farmacêutica, já que dificilmente serão rentáveis devido ao baixo número de doentes afectados (incidência estimada entre 1:20000 e 1:40000). Assim, pais e familiares de crianças com síndrome de Dravet têm vido a organizar-se por todo o mundo, levando a cabo diversas iniciativas para dar a conhecer esta patologia e mobilizar os fundos necessários. Neste contexto, organizaram-se caminhadas em vários países do mundo – Austrália, EUA, Inglaterra e Canadá. No dia 5 de Novembro, simultaneamente, em Espanha e Portugal. Os pais portugueses, de crianças com síndrome Dravet, associados à DSF, abraçaram esta iniciativa e contam com o seu apoio a esta causa:


Conseguir a cura para os nossos filhos.


Dia 5 de Novembro, às 10h30, venha até ao Parque das Nações caminhar connosco ou, se não lhe for conveniente, apoie-nos com um donativo para a conta ao lado indicada.


Os fundos recolhidos serão entregues à Fundação Síndrome de Dravet que os fará chegar ao projecto OPKO.


Obrigado pelo apoio e colaboração


Os Pais:


Célia Madaleno e José Anadia (celiarmadaleno@gmail.com) – Pais da Joana


Fátima Duarte e Luis Ricardo (fatduartm@yahoo.com.br) – Pais da Rita


Isabel Jorge Santos e João Caxaria Santos (isabel.jorge.santos@gmail.com)– Pais do João


Joaquim Magalhães e Maria Rosina (joaquimmagalhaes@contacto-sdc.pt) Pais da Diana


Maria José Garcia e Pedro Garcia (pfgarcia@sapo.pt) – Pais do Duarte


Maria Margarida e Miguel Morgado (maria.margarida.morgado@gmail.com) – Pais da Maria Inês


Patrícia Fonseca e José Fonseca (patriciafonseca@netcabo.pt) – Pais da Beatriz


Sara Prates e António Garrão - (sara.prates@netcabo.pt) – Pais do Tomás


Sofia Merendas e Rui Merendas (rui.merendas@gmail.com) – Pais da Inês


Sofia Monteiro (monteiro.henriques@gmail.com)Pais do João


Susana Videira (susana.videira.82@hotmail.com) – Pais do Ruben


DRAVET SYNDROME FOUNDATION EUROPE - Portugal


Venha Caminhar Connosco!


Ajude-nos a ajudar os nossos filhos.




5 de Novembro de 2011, 10h30, Parque das Nações


Do Cais Português* até à Torre Vasco da Gama




Caminhada Internacional Solidária para apoiar o Projecto OPKO: Terapia Genética, uma esperança para obter a cura




Colabore com um donativo e divulgue a iniciativa aos seus contactos.


Para doar, use a conta abaixo indicada, ou se preferir, faça-o no local.


Beneficiário: Dravet Syndrome Foundation


Morada: Santa Fe, 1 28224 Pozuelo de Alarcon (Madrid)


Banco: La Caixa, Caixabank


IBAN: ES3521002139610200205193 SWIFT: CAIXESBBXXX


Identificar transferência: OPKO PORTUGAL


A Síndrome de Dravet é uma doença rara, de causa genética, que se manifesta como uma epilepsia grave e incapacitante, acompanhada por um atraso importante no desenvolvimento psico-motor.






*O Cais Português localiza-se debaixo da varanda do próprio Pavilhão de Portugal






Caso deseje um recibo do donativo deverá enviar os seus dados e o comprovativo da transferência bancária para Jesús Valencia [jesus.valencia@dravetfoundation.eu]

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

05h00

a insónia é um estado tramado é só isso que posso dizer, depois de duas horas a ler textos sobre ética e globalização e tal e tal....ARRE!

leio algures que a europa recomenda a portugal que esteja preparado para tomar mais medidas. quando é que teremos um primeiro ministro com coragem para defender o seu povo, a sua dignidade e o seu bem-estar em vez de um lacaio dos interesses económicos e financeiros de alguns?

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

a gestão de expectativas

esta manhã enchi a tigela da mimi com ração e dei-lhe água. como estou farta do frango e da canja, que o meu estômago doente me tem obrigado a comer, levei-lhe também a carne. excepcionalmente a mimi ficou a mastigar o frango, satisfeita da vida, indiferente ao resto. um bom bocado depois continuava a farejar os cantos todos, entrava e saía do canil, sentava-se, olhava para mim expectante, voltava a percorrer o espaço em busca de mais um bocado de carne.
a ração é que nem vê-la!

estou certa que a ração lhe servirá como todos os dias mas, por agora, tem que se debater com a triste constatação de que o pestisquinho acabou. não é fácil!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

imagens dos nossos dias




são tantas e tão fortes que me parece impossível ignorá-las.
estou certa que a sociedade civil vai conseguir fazer o que os políticos não fazem: provocar uma mudança no sistema






vídeo e imagem daqui

O HOMEM QUE DISSE TODA A VERDADE NA TELEVISÃO



precisamos de mais vozes zangadas a contar como é a vida por estes dias

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Chegou a hora!



Este sábado, 15 de Outubro a Democracia sai à rua.

É tempo de sair com ela, de juntar a nossa voz à voz de muitos outros que, um pouco por todo o mundo, se manifestam em nome da vida, dos direitos e da diversidade.


No Alentejo a cidade que acolhe a iniciativa é Évora e o local marcado: a Praça do Sertório.



É hora!


a moda - essa ditadora




a moda interessa-me por duas razões:


(i) a primeira tem a ver com a sua relação com os modos de vida, os papeis sociais, o poder da industria, a massificação, etc. ela é um testemunho da evolução histórica e sociológica dos povos e, sob esse ponto de vista, o seu legado é insubstituível. a primeira vez que me apercebi disto foi durante uma visita ao museu do traje em que um guia brilhante estabelecia uma relação inesperada (para mim), entre o papel da mulher na sociedade e a forma como vestia. fiquei siderada, presa a cada palavra - acho que ainda hoje me lembro de algumas expressões e já lá vão muuuuuuuuitos anos.


(ii) o segundo aspecto que me interessa é o conceito de estética e a forma como evoluiu ao longo dos anos. o que é bonito? o que é elegante? o que celebra a natureza dos corpos?


e é verdadeiramente intrigante - desarmante perceber como este conceito é tão elástico. ou se calhar não. que há de bonito, de elegante, nos "tijolos" que se recomendam para o próximo inverno?!






quinta-feira, 6 de outubro de 2011

uma mulher sem medos

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Vídeo: O discurso de Dilma Rousseff na ONU (... por adilsonbevilacqua

vale a pena ouvir este discurso até ao fim: é corajoso, certeiro, emotivo e livre. q.b. esta mulher está a fazer história.

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

pormenores



e o jardim tão atrasado!
já lá vão 4 meses e ainda não consegui organizar o jardim como queria. a este nível a coisa correu tão mal que não consegui ter uma única flor para corte durante todo o verão.
é tempo de enterrar os bolbos que darão cor a estas bandas lá para a primavera. até agora plantei algumas tulipas e uma ou outra fresia. deixa ver se não me esqueço que ali estão.

as minhas primeiras experiências como jardineira deixam muito a desejar...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

e aí vai ele para mais uma voltinha

Paços Coelho dá um tau-tau em Alberto João Jardim "ó menino agora não vou participar na sua campanha para as regionais, está de castigo por ter andado a gastar mal o dinheiro do país e a fazer de mim e de todos parvinhos. Comporte-se menino, pode ser que assim tenha umas prendinhas ainda antes do natal." Vá lá, nem eu que sou uma maezinha permissiva faria melhor!

traços de identidade










mercado de Olhão






onde a terra e o mar se encontram. velhos e novos e tantas maneiras diferentes de viver. infelizmente estão tão pouco valorizados. alguns até têm edifícios novos, bem equipados mas, regra geral, são tão pobres, tão pouco atractivos. uma pena...


neste caso o do peixe é bem interessante, o outro (das verduras e afins) nem por isso, apesar de ser grande, com muita luz e, pelo menos aparentemente, com boas condições.


apesar de tudo tive uma conversa bem interessante com uma das vendedoras onde comprei amêndoas e alguns bolos de alfarroba. as amêndoas locais mal tratadas ao lado de umas outras grandes e luzidias que pelos vistos chegam da Califórnia e que ela quis vender-me como produto de 1ª categoria. recusei. recuso-me a aceitar esta subserviencia em relação a tudo o que vem de fora.





segunda-feira, 19 de setembro de 2011

perspectivas e afectos em serralves




















e porque só as crianças nos devolvem um certo olhar sobre as coisas vale a pena espreitar a exposição sobre as cidades no secção educativa.

em Gaia


















vale a pena espreitar o parque biologico de gaia e passar lá o dia com a miudagem se for o caso. os espaços para comer e descansar também são muito agradaveis.

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

coisas de vizinhança

no passeio nocturno que ganhamos o habito de fazer, conheci a maria - uma labradora adulta e muito obesa mais a sua dona simpática, a quem apresentei a nossa jovem mimi e o também jovem João, que se agarrou à maria presenteando-a com muitos beijinhos.
voltei para casa derreada, que segurar uma cadela pela trela e trazer o miúdo pela mão é coisa séria e, a jurar a mim própria que é absolutamente essencial que a cadela comece desde já a fazer dieta. não queremos cá obesos.

dez anos: uma oportunidade perdida

a propósito dos dez anos que passaram sobre a tragédia do dia 11 de setembro: esta foi a década em que muito se regrediu em termos de respeito pelos direitos humanos a começar pela dignidade a que todos temos direito. e isto aconteceu também nos países ditos desenvolvidos. uma fatalidade. uma ironia.
cresceu drasticamente a intolerância, a desconfiança, o preconceito em relação a tudo e a todos os que são diferentes de nós. entristece-me o agudizar do discurso político de tantos lideres mundiais que arremessam acusações contra a pluralidade, contra a sociedade multi cultural.

é uma decepção constatar que não aprendemos o essencial com esse dia fatídico.

sábado, 3 de setembro de 2011

as maravilhas da gastronomia portuguesa

não tenho duvidas que temos na nossa gastronomia mais tradicional muitas maravilhas que podem ir a concurso e, de um modo geral, há verdadeiras revelações para o palato em todas as regiões portuguesas. é verdade que em alguns sítios se preservou melhor e se conhece mais a cozinha tradicional e noutros cedeu-se a inovações, descaracterizou-se o modo de comer pelas mais variadas razões, nem todas justificáveis.

num destes dias comi xerém com conquilhas ou papas de milho que podem ser acompanhadas por conquilhas ou ameijoas. as papas de milho comem-se (comiam-se) em varias regiões do país ora doces, ora salgadas, como acompanhamento, como prato principal ou até como sobremesa. às vezes tenho tantas saudades de comer papas de milho que as faço de manhã (com leite, açúcar, canela e limão) para um pequeno almoço diferente.
enfim, justifica-se que as ditas sejam elevadas à categoria de maravilha da gastronomia nacional?!


uma ultima nota: porque diabo o arroz de marisco (e outros arrozes de peixe) são cozinhados com arroz-agulha? se somos produtores de óptimos arrozes carolinos (de grão mais curto mas mais gordo e permeável aos sabores) porque é que estes pratos não são feitos com eles?
alguém já viu um italiano prescindir do seu fantástico arroz para cozinhar um risotto?

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

ultimo registo do verão

Eis que Agosto vai chegando ao fim, sem me deixar ponta de saudade. Ferias, isto não é uma queixa sequer, significam apenas uma pequena alteração no tipo de tarefas que tenho a meu cargo. De resto há já muito tempo que não me lembrava de um verão tão ameno, tão pouco verão - e esta parte sim, agradeço.
Brevemente voltaremos para a segunda parte do ano, esta sim, a que mais me agrada.
Faz um ror de anos que a mulher que me gerou (e aos meus irmãos) se foi e esta é, seguramente, a pior herança desta epoca do ano.


Como registo: o dia está cor de prata, almoçamos ameijoas e peixe grelhado, os homens dormem a sesta, as listas de colocação de professores deixaram muitos dos meus conhecidos e amigos em estado de depressão, as notícias não auguram nada de positivo para os próximos tempos. O governo anuncia cortes históricos. Eu, no lugar de Nuno Crato, teria vergonha de pertencer a este governo e de ser pau mandado da troika, no que à educação diz respeito. Caramba, o ministro da educação não é um gajo qualquer!
Metade do país está fechado, só ainda não o percebemos porque uns estão de ferias e outros andam entretidos com os jogos do benfica.


terça-feira, 16 de agosto de 2011

mais do mesmo

a troika manda avisar que já chega de aumentar impostos em Portugal. de caminho manda dizer também que o essencial não foi feito - cortar despesa/peso do estado mas o novel governo não parece muito interessado nisso. alguém ainda se lembra que PSD e CDS tinham as contas todas feitas e que sabiam exactamente onde cortar? alguém se lembra de ouvir Paulo Portas clamar contra os salários e os prémios indecentemente altos dos gestores publicos e da classe política? guess what, o mesmo Portas assegura que a redução da despesa no "seu" ministério não será feita à custa de salários e pensões.
ao fim de um mês de governo em que Paços Coelho e Portas fizeram tábua rasa de todas as promessas eleitorais ainda há esperança em Portugal?

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

destes dias

olha...a inglaterra amotina-se.
a frança assobia para o lado e a alemanha disfarça.
itália treme e espanha cerra os punhos. portugal...diz que está na mesma. que a mesma paz podre consume tudo e que os ministros (os novos, os tais que íam falar verdade) não param de nomear, que o banco publico aumentou o numero de cargos executivos e que as empresas publicas afinal não vão ser transparentes.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

pornografia é isto

nas televisões ocidentais espreita-se a vida dos gordos e a sua luta diária para perder peso, acompanha-se, com uma religiosidade inquebrantável, os devaneios dos chefs e as suas loucuras culinárias. na outra parte do mundo morrem crianças (diz -se que mais de 29 mil até agora) de fome, de diarreia, de desidratação.

e não há nada que equilibre esta balança?
não vos doem as imagens dos pequeninos cuja esperança se apaga?
não vos tiram o sono os olhos esbugalhados, as moscas que se lhes colam à pele?

não há um grito de protesto que vos sacuda as vidinhas, que vos rasgue as gargantas, que vos rompa as barrigas anafadas?!

se, suponhamos isto, nos mandassem aquelas crianças para alimentarmos, cuidarmos, amarmos, não abriríamos a nossa porta?

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

sou suspeita mas...

depois de 400 km de viagem ansiava por um jantar rapido e tranquilo, ainda a caminho de casa, uma tentativa de desentorpecer os membros, acalmar a criança farta da cadeira e da viagem e descansar, num restaurante que já conhecemos e que costuma estar relativamente calmo. puro engano: uma massa suada, eufórica, rude e intrometida povoava a sala, assistia ao benfica e devorava comida e cervejas. um episódio nada agradável que me fez desejar mentalmente que se exterminasse o futebol da face da terra.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

terça-feira, 19 de julho de 2011

horta&jardim




































a horta alterou alguns dos nossos habitos de fim de tarde que passaram a incluir as tarefas de regar, plantar, tirar daninhas, etc. de modo que, muito frequentemente os dias prolongam-se ainda no quintal entre tarefas e brincadeiras adiando o jantar lá para as 9 ou 10 h da noite.



para já as doenças e pragas são uma novidade e demoramos eternidades em pesquisas e decisões sobre como tratar ou o o que fazer pois estamos a tentar evitar os químicos.



outro assunto por resolver é o jardim que está longe do que eu gostaria de fazer. por enquanto só lá moram aromáticas resistentes e, a maior parte delas, ainda pequenas.



e assim, um dos grandes interesses de tudo isto que é ver as plantas crescer e ganhar forma é, ao mesmo tempo, uma tremenda fonte de impaciencia e frustração, pelo menos para mim.





as imagens são daqui, um blogue tematico que gosto muito de espreitar.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

o rating

inesperadamente gostei de ouvir algumas declarações ao longo do dia de hoje. a uma só voz, as críticas às agencias de rating uniram sensibilidades diferentes. ainda bem. gostei especialmente de ouvir o alberto joão jardim (penalizo-me, penalizo-me, penalizo-me!).

e já agora quem é que investiga - mas mesmo a sério, os interesses e os tentáculos destes bandos de malfeitores que são as agencias de rating???

segunda-feira, 4 de julho de 2011

a têmpera do novo 1º ministro

menos de dois meses depois paços coelho esquece porque pediu desculpas aos portugueses e, para que não restem dúvidas, apresentou um novo imposto a pagar até final do ano. Toma lá que é para aprenderes ó papalvo (português)!
acresce a subida do IVA em bens de primeira necessidade - a sério senhor primeiro ministro, não encontra mais nada para taxar senão o leite, o pão e outros bens de primeira necessidade? os portugueses estão gordos é o que é, e precisam de passar fome.
há um nome para isto que é ROUBO e devia haver pena pesada para quem o perpetua.

no mesmo dia em que o presidente da republica anuncia aos portugueses que tão depressa não sairemos da crise a assembleia da república assume que vai gastar mais. mais em combustível, mais em higiene, mais em material de escritório. não sei quanto ao resto do mundo mas eu pago o meu combustível para ir trabalhar, o estado não me dá uma casa, nem nenhuma das outras regalias que os srs. trabalhadores da assembleia da republica têm. e não me venham falar das condições de dignidade que este trabalho exige, raios vos partam.

há um limite para o que é possível cobrar às famílias portuguesas. há um limite para exigir mais do mesmo e sempre aos mesmos.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

e outras coisas que realmente interessam

paços coelho anda atarefado em apresentar medidas que resolvam estes numeros trágicos (o déficit de mais de 7% não é?) como alguém lhe chamou hoje e para isso arranjou mais um imposto extraordinário (mais IRS num ano em que já fomos taxados forte e feio), mais IVA, e mais sabe-se-lá-o-que-é-que-estes-aventureiros-vão-inventar. porque é que os estados unidos não lhe movem uma perseguição e tratam de exterminar a criatura? assim como assim paços coelho está a matar o seu povo, a persegui-lo! paços coelho e kadafi têm alguma coisa em comum, não?

dos dias que correm

E pronto a europa lá se decidiu a aprovar mais um pacote de ajuda aos bancos alemães...errrh à grécia. assim como assim os gajos já vão passar as próximas décadas a contribuir activamente para o superavit do FMI e do banco central europeu e outros quejandos. o povo que se mate na rua ou que morra à fome de uma vez. o que é um povo, uma historia, uma cultura quando estão em causa interesses tão mais importantes como os desses especuladores sem rosto nem país?!


nos últimos dias fartei-me de ouvir comentários maus sobre um jovem mais ou menos conhecido que morreu na estrada. não sei quem é mas só me ocorre que a morte de um jovem na estrada é sempre um desperdício, uma perda irreparável.

para variar ouvi, hoje na radio, uma notícia que me parece interessante: qualquer coisa sobre os novos povoadores, gente que sai das cidades e vai viver para o campo, em busca de uma vida diferente, numas coisas melhor e noutras bem pior do que aquela que tinham. de qualquer forma parece-me uma ideia interessante que talvez pudesse ser enquadrada num conjunto de medidas mais vasto para revitalizar o interior. assim houvesse visão.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

a transformação de alice

alice tinha vindo de uma aldeia lá do norte, de uma família onde abundavam irmãos e trabalho no campo. trabalhara desde que se lembra de ser menina, desde que tivera algum tino para ir fazendo pequenas tarefas que ajudavam a mãe na sua infindavel jornada de trabalho.
de modo que não era de estranhar que na sua memória habitasse uma mãe extenuada na eterna luta do trabalho do campo e de casa, onde nenhum homem mexia uma palha.
quando se otrnou uma jovem rapariga começou a acompanhar uma família rica lá da terra, como ama das crianças pequenas, uns fedelhos impossíveis que ela aturava estoicamente só para poder sair de casa durante o verão, ir à praia e ao algarve, coisa impossível de sonhar com a sua propria família.
quando completou os dezoito anos anunciou que iria para a universidade e, na sua teimosia silenciosa, venceu a resistencia de todos. escapuliu-se para o outro extremo do país para estudar no primeiro curso em que viu garantida a sua entrada.
chegou à universidade pelas suas proprias mãos e daí para a frente nunca mais dependeu de ninguém. na universidade foi tudo mais dificil do que esperava.
as intelectuais achavam que ela era burra, apesar de lhe pedirem os cadernos quando chegava a altura das frequencias. as outras, as giras, achavam-na uma labrega, feiosa e puritana. Alguns professores gozavam-na por ser ignorante e insegura. mas alice persistiu, cerrou os dentes, limpou o suor que se lhe formava por cima do lábio superior sempre que começava a sentir-se insegura e tratou de acabar o curso. entricheirou-se num part-time a arrumar livros numa biblioteca escura de uma fundação poderosa da cidade.
deixou-se ficar.
enamorou-se por um colega de turma. um tipo alto, que era militar e que gostava de outra. uma daquelas que a gozava. mas filou-se-lhe e quando deu por si namorava com ele. acabaram a viver juntos, num apartamento comprado a meias. uma coisa horrível que lhe custou mais do que toda a sua vida de trabalho e resignação.
o sexo era um nojo, doía-lhe, fazia-a sentir-se porca. tudo lhe parecia errado. em sonhos aparecia-lhe a mãe com o seu ar de reprovação silencioso. casou na tentativa vã de apagar o pecado em que julgava viver. por essa altura já não suportava o homem que lhe fazia lembrar o pai e os irmãos.
deu por si a viver a vida da mãe, ainda que a umas boas centenas de km, numa casa limpa e já num emprego relativamente bem pago.
um dia lembrou-se de dizer ao homem que mais valia dormirem em quartos separados. ela dava-lhe sexo uma vez por semana e ele deixava-a em paz. o homem aceitou. era um cobarde preguiçoso e alice começou a perceber como viver com ele.
ninguém sabe como mas acabou por mandar o homem embora. ou isso ou ele sentiu-se tão mal que acabou por deixa-la.

de um momento para o outro alice alcançou tudo o que, secretamente, sempre quis: uma casa para viver sozinha. é verdade que continuava a ser o apartamento onde vivera com o único homem que alguma vez conhecera mas agora era dela. por alguma razão a tal fundação ficou com ela. que organização não quereria uma pessoa a trabalhar em regime de total dedicação, sem outro interesse além do próprio trabalho?
alice desabrochou, encontrou no trabalho dedicado a sua fonte de prazer, a sua razão de viver.
a cidade vê-a sair de casa muito cedo e regressar muito depois de toda a gente. mas, ultimamente até aprendeu a sorrir.

terça-feira, 14 de junho de 2011

parcerias vegetais

estou muito interessada em explorar as vantagens de plantar vegetais, flores e aromáticas juntas para poder potenciar as características de cada uma em benefício de outras. nas pesquisas que fiz descobri que algumas flores de jardim afastam insectos indesejáveis, repelem invasores e ajudam a combater pragas.
até aqui tudo bem. sei que encontrarei mais informação útil á medida que for tendo tempo para pesquisar e testar soluções.

entretanto comprei algumas carteiras de sementes e espalhei -as em alguns pontos fundamentais.
o problema é que agora não sei distinguir as flores das daninhas o que me parece coisa de verdadeira maçarica! e isto é assumir que as flores até nasceram porque pode não ter acontecido nada disso!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

a economia por uma e.coli

e eis que a Alemanha se vê, finalmente, na eminência de provar do veneno que infligiu à Grécia, à Irlanda e a Portugal. era bem feito pois não era? a falta de solidariedade de que estes países têm sido vítimas, muito por influência do governo alemão e francês pode agora aplicar-se aos produtos que a Alemanha exporta a saber a carne e os legumes.
e se, a propósito das contaminações - pelos vistos ainda por localizar, pela bactéria E.Coli deixássemos todos de comprar a carne alemã e os seus legumes? só por curiosidade a Alemanha é o maior exportador de carne da europa e o 6º maior exportador europeu de legumes.
nos últimos dias tenho lido que este tipo de bactéria se desenvolve muito mais facilmente na carne e o leite e que esta sim, (a carne de porco) será a grande causadora de todas estas mortes que já aconteceram naquele país.
a verdade é que, pela terceira vez consecutiva, a hipótese de contaminação pelos rebentos de soja está descartada mas ninguém fala na carne de porco, uma industria verdadeiramente importante para a economia alemã.

vejamos então a receita: por razões de economia nacional, digamos assim, boicotemos a compra de produtos chineses e alemães. acabou-se o lidl e &ª.

sexta-feira, 10 de junho de 2011

dia de portugal

"Não podemos falhar. Os custos seriam incalculáveis" Não está mal o discurso do presidente no dia de portugal, eu é que gostava de não saber que ele já foi 1º ministro e responsável por coisas como a negociação de uma PAC ruinosa para nós.

depois aquela cena triste de continuar a condecorar os amigos também não ajuda nada.

da horta

A terra devolve-nos o sentido natural das coisas, da vida e do seu ciclo, do tempo e da espera.



Da horta, que tem um mês e meio de trabalho, começam agora a chegar à nossa mesa: curgetes e espinafres.


Dentro de 15 dias teremos pepinos(esperemos que sem bactérias más!) e ainda antes alfaces.











segunda-feira, 6 de junho de 2011

o dia seguinte

este comentário podia chamar-se: "portugueses: iguais a si próprios!"

Portugal vira à direita ainda que sociologicamente isto não signifique muito, pois o português usa o voto - aquele que usa!, apenas para castigar os que estiveram no governo. é estranho que este direito político e de cidadania signifique tão pouco neste nosso país.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

1 de junho

hoje a minha criança trazia uma blusa que lhe deram na escola para assinalar o dia. e um dinossauro - andam com os dinossauros há já uns dias, que pintou de verde e que me mostrou orgulhoso.
trazia um riso fácil de miúdo feliz e aconchegado sempre que pede e que não pede. o rosto luzidio da fartura, o ar confiante de quem é amado. uns sapatos demasiado caros para as reais necessidades destes pezinhos que conheço de cor.
a minha criança (que ilusão senhores!, que ele não é meu) que gosto tanto de cheirar, que me acode ao pensamento durante o dia, que me enche de um amor desmedido e incondicional todos os dias da minha vida desde que nasceu. a minha criança que, pese embora toda esta felicidade que me faz experimentar, não pode apagar os milhões de crianças que morrem com fome, de uma simples diarreia, que são arremessadas como estilhaços de guerra, que sonham com uma escola, com um brinquedo, com um trapo que lhes faça esquecer o frio.

que gente sem alma somos nós que deixamos o futuro apagar-se assim?

notícias do campo

o que é engraçado nisto de ter um quintal que exige trabalho é o ritmo do tempo que muda. durante o dia vivemos em ritmo de cidade que consiste essencialmente em correr para cumprir horários e compromissos. no final da tarde, mais ou menos a partir das 19h, o tempo abranda e anoitecemos entre as tarefas de regar, plantar e brincar. até o migas foi mordido por qualquer coisa e apareceu inchado numa bochecha.
num destes dias hei-de tirar fotografias...

vox populi

O comentário é sempre do mesmo tipo. Ultimamente ouço-o tantas vezes que me parece impossível que toda esta gente que assim pensa não encontre um denominador comum.
Hoje dizia-me alguém, envolvido em uma das campanhas partidárias, que está plenamente convencido que quer o PSD quer o PS estão reféns de interesses. Interesses que estão relacionados com as parcerias publico-privadas, com as grandes obras, que envolvem a maçonaria, etc, etc. Portanto a Oeste nada de novo. Dizia-me, convicto, que Sócrates tem "o rabo preso" com esta gente e não tem conseguido mexer-se e que a Passos acontecerá o mesmo apesar das suas boas intenções.
Dizia-me que a esta gente - os tais dos interesses instalados, interessa a manutenção do status quo e que é por isso que o PSD não descola nas sondagens e que o bloco central continuará a ser solução por muitos e longos anos. Que é preciso que a "coisa rebente, que bata mesmo no fundo", palavras dele, que haja fome e miséria a serio para que o povo saia à rua, que mate uns quantos e que parta umas coisas. Mais ou menos como na 1ª república.

Bom...a instalação dos tais interesses, o saque despudorado dos recursos públicos, a contaminação da coisa pública não é propriamente do desconhecimento geral. Muitos dos protagonistas estão identificados, um ou outro episódio lá vem a lume de vez em quando, sem que daí venham grandes males ao mundo, o povo português, já se sabe, é pacato e cultiva a ignorância (o que me custa dizer isto porra!) de forma obstinada.

De modo que o próximo dia 5 não representa grande coisa na historia contemporânea deste país.
Pela minha parte não tenciono votar em nenhum dos partidos do arco governativo e muito menos abster-me.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

percebe-se que estamos mais velhas quando o corpo se recusa a aguentar uma maratona de trabalho pela noite dentro. esta constatação é que custa a serio porque o resto, a colonia de cabelos brancos, as rugas que aparecem, o resto são insignificâncias.

terça-feira, 24 de maio de 2011

outras novas

na horta crescem curgetes, pepinos, tomates, cenouras, espinafres e alfaces. todos os dias rondamos as plantinhas imbuídos de um espírito altamente científico para tentar perceber quanto já cresceram, se mudaram de cor ou se estão com ar de quem tem sede. a verdade é que estamos cheios de esperança que todos estes legumes não morram às nossas mãos por força de alguma carência, algum esquecimento, alguma ida de fim-de-semana ou de férias que nos impeça de vigiar assim tão bem os ditos.

da campanha eleitoral e assim

Hoje, durante a manhã, duas comitivas partidárias interromperam a minha aula. É certo que estamos em plena campanha eleitoral, que este período serve para esclarecer os cidadãos, conhecer programas, debater ideias...ai não, espera, afinal precipitei-me. Este período serve para denegrir todas as outras forças políticas e respectivos lideres, de resto usando a linguagem mais vil e as façanhas mais torpes, já lá dizia o outro. Como é que um político espera ser respeitado se a todo o momento o vemos desrespeitar os outros? A perda de credibilidade começa logo aí.
Este período também costuma servir para dar largas à imaginação, rabiscar uns programas com umas ideias delirantes e estranhas a este realidade que é o pequeno Portugal. O que dá origem a uma cena do tipo daquela que ocorreu há uns anos num congresso do CDS, alguém se lembra? "eu sei que o senhor sabe que eu sei que o senhor sabe"...que está a mentir com toda a desfaçatez, com a maior cara de pau mas eu, cidadão anónimo, também me estou nas tintas e quero é vociferar umas tiradas do género haviam de morrer todos ou isto só já lá vai com armas e deixar tudo o resto que dá muito trabalho.

Voltando a hoje de manhã: nem a comitiva do PSD nem a do PCP se deram ao trabalho de ouvir os alunos, nem os professores, nem ninguém, pronto é melhor dizer já. Chegaram, atordoaram-nos com as musicas pimbalhonas, distribuíram umas canetas que não escrevem, uns papeis com as caruchas e tal e tal e mai nada! ala que se faz tarde.

no meio disto...continuo a engrossar a tal estatística dos indecisos.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

terça-feira, 10 de maio de 2011

tarefas

acabo de ver trabalhos das minhas alunas. pode dizer-se que é uma aventura arriscada quando o sono e o cansaço já comprometem o discernimento e sobretudo o grau de tolerância à asneira.




mais logo quero acordar com o cheiro de pão quente nesta nova casa - que há uma primeira vez para tudo!!! e por isso ainda vou programar a maquina. lá fora o "rato a pilhas" agita-se e ladra.

por baixo da janela do escritório tenho rosas. é verdade, finalmente tenho rosas - as únicas coisas vivas que havia neste terreno invadido por caracóis (desprezo estes bichos nojentos, razão pela qual decidi erradica-los do reino dos vivos, pelo menos na teoria porque no dia-a-dia eles ganham!).
as roseiras precisam de ser mimadas mas já retribuíram os primeiros cuidados.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

voltar



Mudanças feitas, rotinas re-adquiridas, uma infecção respiratoria do pequeno pelo meio e um novo habitante cá em casa, oferta do vizinho: um rato a pilhas, saltitante e barulhento.


terça-feira, 19 de abril de 2011

esvaziar uma casa e encher outra e um processo estranho. não mudamos de vida, nem mesmo de hábitos apenas transportamos tudo para um outro lugar. para e tudo fisicamente extenuante.

quinta-feira, 31 de março de 2011

e não chegará já?

só encontro uma palavra para a sucessão de acontecimentos que varreu portugal nos últimos dias: inacreditável. arrastados para umas eleições que só os partidos desejam, convencidos que estão que podem pontuar à custa da crise, do governo incompetente que nos ajudou a afundar e sabe-se lá mais com o quê. o vazio que se instala, os lideres políticos sem convicção, sem pingo de ideia, sem alma, um presidente da republica que se emaranha num discurso institucionalista, oco, distante de tudo e de todos. se eu fosse militante de um partido - coisa que nunca poderei vir a ser dada a minha natureza, escolheria deixar de o ser. entregaria o meu cartão em sinal de protesto, escreveria um comunicado em letras garrafais para dizer que este partido não me representa. incitaria todos a fazer o mesmo. creio que é uma maneira de dizer aos partidos e aos seus lideres que se atinem, que tomem atenção ao povo, que isto já foi longe de mais. ENTREGUEM OS VOSSOS CARTÕES, FAÇAM ALGUMA COISA! apetece dizer.

segunda-feira, 28 de março de 2011

sexta-feira, 25 de março de 2011

como se dobra um povo

todos os dias ouço alguém dizer que não quer eleições. porque são caras, porque não têm por onde escolher, porque - dizem, não querem ficar pior.
há um certo ar de desalento, uma falta de esperança que se apodera da conversas, uma espécie de medo que tolhe os sorrisos e a piadola habitual.
de um dia para o outro ficou muito claro que não se pode confiar nesta gente que anda lá pelos partidos. que nem um só colocou o interesse do país acima do interesse do seu próprio partido. até os militantes mais fieis andam de orelha murcha.


e a tal da geração "à rasca" o que fará agora, subitamente chamada a escolher os lideres e o destino do país para os próximos anos? deixará de culpar as outras pelas escolhas que os precederam? embarcará nos mesmos esquemas, nas mesmas opções de sempre?
e quem terá a ousadia de dizer "basta"? quem dirá aos partidos e aos lideres e aos poderes que nos representam "- agora somos nós que escolhemos. é tempo de saírem senhores, que nós decidiremos quem nos governará nos próximos tempos."

o que mais nos espera...

raios me partam!, o Paços a explicar ao povito que vai apresentar um projecto para 8 anos! 8 anos disto senhores!


e a sobranceria ainda lhe chega para pedir maioria! arre!

segunda-feira, 21 de março de 2011

celebrar


a primavera que chega e que prenuncia mudanças. que bom!

terça-feira, 15 de março de 2011

15 de Março


Hoje é o Dia Mundial dos Direitos do Consumidor.

Eu acredito que o consumidor esclarecido pode, de facto, mudar muita coisa na nossa sociedade. E mais, estou firmemente convencida que as pequenas acções do dia-a-dia - as tais que não têm a cobertura mediática nem a simpatia dos shares, é que vão romper com este modelo de sociedade, com esta ordem sufocante em que nos deixamos enredar.


A forma como escolhemos gastar o nosso dinheiro (pouco ou muito não interessa), como fazemos valer os nossos direitos, como privilegiamos uma empresa com boas praticas, como lidamos com a publicidade enganosa, tudo isso define a maneira como queremos ser tratados. Não é o consumo em si que interessa mas a maneira como o fazemos.

quinta-feira, 10 de março de 2011

respigar

para encerrar o assunto ali de baixo sobre esta coisa das gerações que no fundo todos devemos a Vicente Jorge Silva e não a Pacheco Pereira (mas até podia ter sido) sobre o qual tanta coisa e tão certeira tem sido escrita. revejo-me nas palavras da Inês, da maepreocupada e da rita só para nomear algumas mulheres sábias e inspiradas que, de certeza, estão na casa dos 30.

terça-feira, 8 de março de 2011

pois se ele existe



podemos começar por reconhecer o "estatuto" de trabalho e de função ao trabalho doméstico, atribuir-lhe um salário e reconhecer-lhe direitos.

já vai sendo tempo.

sexta-feira, 4 de março de 2011

e o rabinho lavado com agua de rosas também???

a minha paciência para este assunto dos jovens licenciados e desempregados esgotou-se hoje de manhã ao ouvir o Júlio Machado Vaz e a Inês Menezes naquele programita da manhã que já tem barbas. os dois muito condoídos, com a conversa habitual sobre os coitadinhos e infelizes que são os jovens portugueses que não têm emprego digno, que não recebem um salário a condizer com os anos de estudo, que adiam a família, a autonomia enfim...a vida e que assim Portugal se tornou num país triste porque já nem sonha.

eu cá acho que vai sendo tempo de ajustar as expectativas: alguém que diga aos meninos que terminam a licenciatura que isso não os habilita para mais nada que não seja ganhar experiência, trabalhar duramente, continuar a aprender e fazer-se à vida. quem é que no seu perfeito juízo acha que um jovem licenciado está apto para assumir responsabilidade por pessoas, por processos, por produtos, lideranças de equipas, ser técnico superior, por e dispor sem que alguém o/a vigie de muito perto?
ora bem, trabalhar em funções que exigem menos qualificação do que aquela que se tem não é nenhum drama. aliás, devia ser obrigatório!
a formação superior digam-lhes, vá lá, é um investimento a médio, longo prazo porque aumenta as probabilidades de chegar mais alto na carreira mas, no curto prazo não é garantia de nada. nem tem que ser pelo amor de deus!
os meninos que levantem os rabinhos das cadeiras e que vão ser caixas de super mercado, administrativos, taxistas, empregados de limpeza. os meninos que aprendam a lidar com pessoas, a resolver problemas, a viver com pouco e, pode ser, pode ser que um dia sejam técnicos, gestores, quem sabe políticos, criteriosos nas suas decisões, atentos, éticos e extremamente responsáveis.
agora-acabem-lá-com-as-lamurias-que--não-há-pachorra!

quarta-feira, 2 de março de 2011

Há muito que isto não acontecia mas por uma vez concordo com Socrates: portugal tem que resolver os seus assuntos sozinho.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

o INE o IEFP e as suas coisas


ai estes indicadores!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

todos para a monda já!

e por falar na Fátima Campos Ferreira e no seu programa:
a quantidade de vezes que os mesmos interlocutores se apresentam para falar agora da crise e depois da solução, de inovação e do défice, agora da porca e depois do parafuso já enjoa. não haverá mais ninguém neste país ou ela tem algum contrato de exclusividade com estes génios?
os mesmos empresários, os mesmos ex-ministros, os mesmos membros do governo, os mesmos professores, caramba. e já nem vale a pena referir os vícios de forma e de conteúdo em que ela sistematicamente se enreda e que culminam naqueles trejeitos e expressões de triunfo de quem descobre a pólvora quando remata - "acrescentar valor, não é?"

parvos é que não obrigado

Ontem o dono do grupo Lanidor (note-se que eu até simpatizo bastante com a marca) disse no programa da Fatima Campos Ferreira qualquer coisa deste estilo
" as pessoas querem comprar camisolas a 10€ e isso não é possível fabricar cá", justificando assim porque é que só 40% da produção da marca é feita em Portugal e fornecendo uma explicação para o facto de as pessoas optarem pela compra de camisolas baratas nas lojas de produtos chineses:
diz ele que as pessoas ganham mal e por isso não têm dinheiro para comprar uma coisa mais jeitosinha assim como as peças lanidor E que isto está tudo mal.

- mas ó senhor empresário a gente até se sujeita a pagar os 70€ pela camisola da sua marca DESDE que ela seja feita CÁ! O que não vale é ir fabricar lá fora, com os custos das outras de 10 e depois vir cá vender a 70. isso é que não senhor empresário. assim como assim vamos ali ao senhor dos olhos em bico. PERCEBEU?

irra!