da horta para a minha cozinha

muffins de curgete, parmesão e presunto

depois de ligar o forno para fazer um crumble, decidi aproveitá-lo ainda numa solução rapida para o jantar. Há muitas curgetes na horta, mais do que as que conseguimos comer e distribuir pela família, por isso todas as receitas para usar estes legumes são bem vindas. Estes bolinhos, que preparei exactamente como os doces, só variam nos ingredientes salgados, resolvem muito bem um jantar leve com um creme de coentros e um bolinho salgado ou mesmo um lanche. A criança mais velha adorou-os. Eu pretendo repetir e testar outras combinações.








food gardening
gosto muito desta onda contagiante que tem levado muita gente a descobrir alguma coisa sobre agricultura. a proposito da horta cá de casa encontro assunto de conversa com os interlocutores mais inesperados: os médicos, os  amigos e colegas de trabalho, a cabeleireira, a terapeuta do mais velho, o farmacêutico e os vizinhos claro. estou quase decidida a criar um clube de agricultores e jardineiros amadores, daqueles em que trocamos sementes, informações, promovemos encontros e por aí fora. falta a formação claro, uma componentes imprescindível nestes domínios em especial para novatos no assunto como eu. ainda assim estes devaneios importam pouco quando o que está realmente em causa é o produto final.  e o produto final é apenas a satisfação que se retira quando se cozinha e se come alguma coisa que criamos., algo simples, honesto, por vezes feio mas cheio de sabor. 






Os espaços exteriores ajudam as casas a respirar. Não importa o tamanho, se é apenas uma varanda ou um jardim ou um terreno. Todos os elementos da família encontram a sua forma de usufruir dele. 












surpresas em Março

As frésias explodem em graça e cor neste mês. Já nem retiro os bolbos da terra e, em cada primavera, ali estão elas a florir a e a surpreender-me. Jacintos, tulipas e narcisos encontram-se entre os meus preferidos. Desisti dos gladíolos que se tornam infestantes e duram muito pouco tempo.
A surpresa desta temporada é, contudo, a glicínia, que floresce pela primeira vez em dez anos. Extraordinário. Durante vários anos viveu num enorme vaso e apesar de crescer muito nunca tinha mostrado os seus cachos rosa pálido. Este é o terceiro ano que passa na terra, depois de um transplante bem sucedido e, eis que, resolve finalmente brindar-nos com um florescimento exuberante. Estou maravilhada.







Fevereiro e a espera

este mês trouxe frio e geada pelo que não há muito a fazer lá fora. os jacintos abriram em tons de rosa e roxo e exalam um perfume incrível.
 
 entusiasmada pela cor, resolvi comprar mais bolbos e, na loucura, trouxe mais tulipas, gladíolos, lilium e amarilis. andava a sonhar com uma mancha de cores e de tamanhos. há muito pouco tempo uma sábia mandou-me dizer que a maternidade e a espera são das melhores coisas da vida. também o creio embora admita que tenho muito que aprender no que diz respeito a saber esperar. pode ser que preparar esta mancha de cor para a primavera me ensine alguma coisa sobre o assunto. e, já agora, que me ajude a passar estes últimos três meses do reinado da barriga.


 A HORTA EM JANEIRO



 Semeei, em alfobre, curgetes, abóboras, beringelas, tomate, couve-flor e couve-repolho e cebolas, para transplantar na primavera. Ainda falta semerar pepinos, pimentos, meloas e melancias.
Ao ar livre crescem nabos, agrião, nabiças, espinafres, alfaces e alho-porro. Em estado mais avançado os alhos e as ervilhas.

O jardim está em estado quase monocromático - tons de verde e prateado das aromáticas.
Só os cravos-túnicos que ficaram do verão e as calêndulas conferem a nota de cor que funciona também como um belo contraponto.
Há dois meses enterrei bolbos (tulipas, frésias e dois ou três jacintos). Só agora começo a descobrir aonde estão porque já romperam a terra!
A primavera será - se tudo correr bem, pontuada com novos cheiros e cores!





E no último dia do ano colhi a primeira couve-flor da horta. Enorme, fresca e muito saborosa. Em breve teremos repolho e as couves de bruxelas também estão a ficar  prontas para colher. Tudo o resto está atrasado porque me demorei a semear e/ou plantar: nabos, nabiças, agrião, espinafres de inverno e alfaces.


Chegaram hoje as framboesas. Por estes dias decidiremos onde vamos colocá-las já que temos indicações de que crescem desalmadamente e trepam por todo o lado. Foram oferta de um amigo do Z.
O canil também vai ficando pronto e quem não vai ficar nada contente com isso são os m&m cá de casa.




Iniciamos a nossa experiência na horta há 8 meses. Mais ou menos pela altura em que mudamos para a casa nova. Estava tudo por fazer pelo que, antes de semear o que quer que fosse, passamos semanas e eliminar erva, pedras, a fazer pequenos talhões, etc.
Só muito depois, e já tardiamente para uma série de espécies que pusemos lá, é que assistimos, expectantes, ao crescimento das alfaces e dos espinafres (os primeiros legumes que colhemos na horta), dos tomates, curgetes, beringelas, pimentos, melancias (o nosso primeiro falhanço já que nunca deram nada!), das meloas (oferta da mana) e acelgas. Para referir apenas a primeira leva de experiências.
Plantamos também as primeiras árvores, o que incluiu uma figueira (que morreu com excesso de água. quem é que mata uma árvore com excesso de água???), macieiras, laranjeiras, ameixeiras e um diospireiro. Mais ou menos pela mesma altura chegou o primeiro habitante canino deste espaço: o migas. este pequeno é eléctrico, tem sempre um ar escanzelado apesar de comer muito e tem a mania de escapar e de se atirar aos carros. Um problema já parece que os carros não gostam da brincadeira e, num destes dias, um revoltou-se e deu-lhe uma palmadinha numa pata, coisa para o deixar a coxear durante mais de duas semanas.
Escassos meses depois - foi quando se acabou definitivamente o sossego, chegou a mimi, uma gorda impossível, arraçada de labradora, que come este mundo e o outro.





Os pontos de vista sobre o que deve ser a horta diferem bastante cá em casa. Ainda há pouco eu comentava com o cara-metade que, dentro de alguns anos, teremos o espaço disponível muito reduzido porque as árvores vão crescer. Respondeu-me logo que era mesmo essa a intenção e que só não tinha plantado árvores em todo o lado porque eu não deixei.

Enfim, entre o jardim e a projecto da horta arranjamos tarefas novas que em certas alturas exigem algum tempo e muito esforço mas que me parecem compensadoras. A vários níveis.