sexta-feira, 25 de março de 2011

como se dobra um povo

todos os dias ouço alguém dizer que não quer eleições. porque são caras, porque não têm por onde escolher, porque - dizem, não querem ficar pior.
há um certo ar de desalento, uma falta de esperança que se apodera da conversas, uma espécie de medo que tolhe os sorrisos e a piadola habitual.
de um dia para o outro ficou muito claro que não se pode confiar nesta gente que anda lá pelos partidos. que nem um só colocou o interesse do país acima do interesse do seu próprio partido. até os militantes mais fieis andam de orelha murcha.


e a tal da geração "à rasca" o que fará agora, subitamente chamada a escolher os lideres e o destino do país para os próximos anos? deixará de culpar as outras pelas escolhas que os precederam? embarcará nos mesmos esquemas, nas mesmas opções de sempre?
e quem terá a ousadia de dizer "basta"? quem dirá aos partidos e aos lideres e aos poderes que nos representam "- agora somos nós que escolhemos. é tempo de saírem senhores, que nós decidiremos quem nos governará nos próximos tempos."

1 comentário:

Anónimo disse...

E a abstenção que promete crescer?
O que faremos com ela?

Dores