quarta-feira, 1 de junho de 2011

vox populi

O comentário é sempre do mesmo tipo. Ultimamente ouço-o tantas vezes que me parece impossível que toda esta gente que assim pensa não encontre um denominador comum.
Hoje dizia-me alguém, envolvido em uma das campanhas partidárias, que está plenamente convencido que quer o PSD quer o PS estão reféns de interesses. Interesses que estão relacionados com as parcerias publico-privadas, com as grandes obras, que envolvem a maçonaria, etc, etc. Portanto a Oeste nada de novo. Dizia-me, convicto, que Sócrates tem "o rabo preso" com esta gente e não tem conseguido mexer-se e que a Passos acontecerá o mesmo apesar das suas boas intenções.
Dizia-me que a esta gente - os tais dos interesses instalados, interessa a manutenção do status quo e que é por isso que o PSD não descola nas sondagens e que o bloco central continuará a ser solução por muitos e longos anos. Que é preciso que a "coisa rebente, que bata mesmo no fundo", palavras dele, que haja fome e miséria a serio para que o povo saia à rua, que mate uns quantos e que parta umas coisas. Mais ou menos como na 1ª república.

Bom...a instalação dos tais interesses, o saque despudorado dos recursos públicos, a contaminação da coisa pública não é propriamente do desconhecimento geral. Muitos dos protagonistas estão identificados, um ou outro episódio lá vem a lume de vez em quando, sem que daí venham grandes males ao mundo, o povo português, já se sabe, é pacato e cultiva a ignorância (o que me custa dizer isto porra!) de forma obstinada.

De modo que o próximo dia 5 não representa grande coisa na historia contemporânea deste país.
Pela minha parte não tenciono votar em nenhum dos partidos do arco governativo e muito menos abster-me.

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