segunda-feira, 28 de setembro de 2009

no 1º dia da semana

amanheceu resignada esta semana. o dia de todas as mudanças afinal não o foi e a gente prossegue a vidinha de sempre. o Sócrates sempre ganhou o embate (e sim foi ele que o ganhou não foi a outra que o perdeu), a crise ainda por cá anda e, agora que os resultados das eleições já saíram, aqui como na Alemanha, desconfio que há-de ser outra vez mais grave.
a gente prossegue a vidinha de sempre agora mais descansados - que sempre fizemos o que se espera de nós, botar a cruzinha no sítio, escolher o menos mau, sei lá, participar, como está na moda dizer. e participamos. depois prosseguimos e não olhamos mais para trás. não queremos saber se nos mentem, se cumprem o que prometeram, se são de confiança. não queremos que nos chateiem. nem sequer queremos saber em que gastam o nosso dinheiro. se nos empenham o futuro. talvez nos interroguemos sobre "porque diabo o Sócrates não assume a sua relação com a Câncio, que isto sim sempre apimenta a vida. o resto não; a alta velocidade, a avaliação dos professores, a falta de médicos, isso não destoa do cinzentismo com que nos habituamos a colorir a vida.

o pior é que a brincadeira ainda vai a meio. já, já repetiremos o esforço hercúleo de escolher o cacique local. e então sim, descansaremos em paz, reconciliados connosco e com o contributo que já demos à democracia. mesmo a tempo das compras de natal. descansaremos em paz por mais 4 aninhos, assim seja, amen.

3 comentários:

Anónimo disse...

resignada, mas mesmo assim inspirada!
Boa semana e f.f. de não esquecer a feira de castro entre a escolha do cacique e as compras de Natal!
É que temos de comemorar, ou não achas?
Dores

MP disse...

reconciliados com a democracia, S.? às vezes pergunto-me se um país em que 39% dos eleitores não vai votar merece a democracia... e não digo mais nada, antes que me acusem de ser fascista ;-)

bjs

S disse...

é verdade. impressiona aquela análise da RTP1 sobre a evolução da abstenção, não é? nos primeiros anos registavam-se 14, 15, 16% até que chegamos a este ponto.
assumindo que cerca de 10%, dos que ainda constam nos cadernos eleitorais, são eleitores fantasma a coisa não deixa de ser feia.