terça-feira, 8 de setembro de 2009

estórias de encantar

No pequeno país azul, que que vivia à beira mar, havia o costume de preparar partidas sempre que se aproximava o início de um novo ano escolar.
Perpetuavam-se algumas brincadeiras de mau gosto (aquelas que vinham obtendo mais adesão) e inventavam-se sempre mais umas para renovar o cardápio.

Este ano a novidade era a gripe A e o h1n1 - elevado aos píncaros da histeria colectiva durante todo o verão, pela imprensa responsável, que trabalhava nesse país. Parece que haveria a possibilidade de, volvidos um ou dois meses sobre o inicio das aulinhas, ter que se
interromper tudo por falta de pessoal qualificado, falta de alunos e sabe-se lá que outras faltas por via da contaminação generalizada e incapacitante que o amaldiçoado vírus espalharia.

Mas outras partidinhas pairavam no ar: os professores, tiranizados e vítimas de uma conspiração chamada avaliação de desempenho, levada a cabo pelo poder político no exercício do governo, ameaçavam fazer greve, não assegurar as aulinhas, boicotar o novo ano lectivo e tal e tal...

De modo que os pais das criancinhas andavam pensativos, começavam a chetear-se à séria com os professores e a ministra e os vírus e pensavam já correr tudo à vassourada como a padeira de Aljubarrota. Assim como assim a poeirada já começava a invadir o átrio.

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