terça-feira, 1 de setembro de 2009

crónicas de batôn&avental

espreitei as pernas ligeiramente douradas pelo sol e decidi, logo ali, vestir a tal saia que me aventurei a comprar. gira que se farta. e sempre fica muito bem com a blusa cor-de-rosa-que-nunca-visto-talvez-por-ser-cor-de-rosa.
fiquei bem, confirmo já aqui. como o fim da manhã se aproximava a galope e a tarde ameaçava estender-se para lá do razoável decidi adiantar o almoço. requisitos (pouco) pedagógicos que obrigam uma mulher a tomar conta do seu lar e da prole que regressa mais cedo do que ela.

não pensei na vestimenta enquanto esmagava o alho para fritar ligeiramente em azeite e para lá verti umas tiras de frango do campo cortadas às tiras. só voltaria ao assunto quando percebi, tarde de mais, que o cheiro do refogado haveria de me perseguir ao longo do dia.
depois de a carne fritar e cozer no azeite polvilhei com tomilho, umas gotas de limão, juntei amêndoa lascada e algumas passas. abandonei o assunto mesmo a tempo de me enfiar no carro para fazer uns bons km.
não pude confirmar se, ao longo do dia, enquanto me elogiavam a saia nova, torciam o nariz ao cheiro a refogado.
à noite acompanhei carne com um cuscus rápido e uma salada fresquinha. a saia e a blusa foram direitinhas para o cesto da roupa.

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