domingo, 20 de setembro de 2009

de um fim-semana tranquilo

Ferreira Alves interroga-se, este fim-de-semana, sobre a culpa de Sócrates em todos os acidentes/incidentes domésticos e mundiais. Ora eu concordo com ela: esta tendência muito portuguesa de atribuir sempre a culpa ao outro, quando as coisas não nos correm de feição, já devia ter sido extinta.
Se sou medíocre, se não trabalho, se sou má mãe, se sou má aluna, se não voto, se estou gorda, se ganho mal, se a minha empresa está à beira da falência, se ninguém percebe como sou brilhante, a culpa há-de ser de alguém. A culpa é sempre de alguém e há por aí alguns com as costas bem largas: haverá sempre um governo e o 1º ministro - seja qual for o partido vencedor; um chefe, um patrão, um professor, um orientador, a publicidade, os políticos, que são muito mais responsáveis pela minha desgraça, pelo estado actual do país e já agora, do resto mundo, do que eu própria. E essa constatação é tão, mas tão, conveniente.

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