sábado, 11 de outubro de 2008

sábado de manhã

O dia amanheceu cinzento, a chuva cantada e insistente na pedra do quintal e da mesa de plástico que ainda não recolhemos. A cozinha estava fria mas alegrou-se quando o miudo me conduziu pela mão até ao frigorífico - o seu novo ponto de interesse, de onde começou imediatamente a tirar coisas: iogurtes, manteiga, pacotes de leite, nabos e tudo o mais que nem quero ver.
Fiz uma papa para ele e enquanto a misturava com o leite trouxe-me um dos seus bébés aconchegando o outro ao colo. Calhou-me o nody.
Achei que aquela chuva é boa para as minhas plantas. Por outro lado não posso estender a roupa lá fora.
Aconchegado o estômago pai e filho regressaram ao vale de lençóis e eu descobri outras coisas para fazer. Acordar lentamente, agora num silêncio que a casa reservou só para mim. Um silêncio pontuado pelas pingas da chuva e pelo barulho da máquina de café que já trabalha. Daqui a nada o cheiro do café vai percorrer o corredor e despertar-me definitivamente na sala, onde fiquei a espreitar a última revista "jardins" que comprei. Só por um bocadinho que a manhã já vai alta.

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