Eis que Agosto vai chegando ao fim, sem me deixar ponta de saudade. Ferias, isto não é uma queixa sequer, significam apenas uma pequena alteração no tipo de tarefas que tenho a meu cargo. De resto há já muito tempo que não me lembrava de um verão tão ameno, tão pouco verão - e esta parte sim, agradeço.
Brevemente voltaremos para a segunda parte do ano, esta sim, a que mais me agrada.
Faz um ror de anos que a mulher que me gerou (e aos meus irmãos) se foi e esta é, seguramente, a pior herança desta epoca do ano.
Como registo: o dia está cor de prata, almoçamos ameijoas e peixe grelhado, os homens dormem a sesta, as listas de colocação de professores deixaram muitos dos meus conhecidos e amigos em estado de depressão, as notícias não auguram nada de positivo para os próximos tempos. O governo anuncia cortes históricos. Eu, no lugar de Nuno Crato, teria vergonha de pertencer a este governo e de ser pau mandado da troika, no que à educação diz respeito. Caramba, o ministro da educação não é um gajo qualquer!
Metade do país está fechado, só ainda não o percebemos porque uns estão de ferias e outros andam entretidos com os jogos do benfica.
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
terça-feira, 16 de agosto de 2011
mais do mesmo
a troika manda avisar que já chega de aumentar impostos em Portugal. de caminho manda dizer também que o essencial não foi feito - cortar despesa/peso do estado mas o novel governo não parece muito interessado nisso. alguém ainda se lembra que PSD e CDS tinham as contas todas feitas e que sabiam exactamente onde cortar? alguém se lembra de ouvir Paulo Portas clamar contra os salários e os prémios indecentemente altos dos gestores publicos e da classe política? guess what, o mesmo Portas assegura que a redução da despesa no "seu" ministério não será feita à custa de salários e pensões.
ao fim de um mês de governo em que Paços Coelho e Portas fizeram tábua rasa de todas as promessas eleitorais ainda há esperança em Portugal?
ao fim de um mês de governo em que Paços Coelho e Portas fizeram tábua rasa de todas as promessas eleitorais ainda há esperança em Portugal?
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
destes dias
olha...a inglaterra amotina-se.
a frança assobia para o lado e a alemanha disfarça.
itália treme e espanha cerra os punhos. portugal...diz que está na mesma. que a mesma paz podre consume tudo e que os ministros (os novos, os tais que íam falar verdade) não param de nomear, que o banco publico aumentou o numero de cargos executivos e que as empresas publicas afinal não vão ser transparentes.
a frança assobia para o lado e a alemanha disfarça.
itália treme e espanha cerra os punhos. portugal...diz que está na mesma. que a mesma paz podre consume tudo e que os ministros (os novos, os tais que íam falar verdade) não param de nomear, que o banco publico aumentou o numero de cargos executivos e que as empresas publicas afinal não vão ser transparentes.
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
pornografia é isto
nas televisões ocidentais espreita-se a vida dos gordos e a sua luta diária para perder peso, acompanha-se, com uma religiosidade inquebrantável, os devaneios dos chefs e as suas loucuras culinárias. na outra parte do mundo morrem crianças (diz -se que mais de 29 mil até agora) de fome, de diarreia, de desidratação.
e não há nada que equilibre esta balança?
não vos doem as imagens dos pequeninos cuja esperança se apaga?
não vos tiram o sono os olhos esbugalhados, as moscas que se lhes colam à pele?
não há um grito de protesto que vos sacuda as vidinhas, que vos rasgue as gargantas, que vos rompa as barrigas anafadas?!
se, suponhamos isto, nos mandassem aquelas crianças para alimentarmos, cuidarmos, amarmos, não abriríamos a nossa porta?
e não há nada que equilibre esta balança?
não vos doem as imagens dos pequeninos cuja esperança se apaga?
não vos tiram o sono os olhos esbugalhados, as moscas que se lhes colam à pele?
não há um grito de protesto que vos sacuda as vidinhas, que vos rasgue as gargantas, que vos rompa as barrigas anafadas?!
se, suponhamos isto, nos mandassem aquelas crianças para alimentarmos, cuidarmos, amarmos, não abriríamos a nossa porta?
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
sou suspeita mas...
depois de 400 km de viagem ansiava por um jantar rapido e tranquilo, ainda a caminho de casa, uma tentativa de desentorpecer os membros, acalmar a criança farta da cadeira e da viagem e descansar, num restaurante que já conhecemos e que costuma estar relativamente calmo. puro engano: uma massa suada, eufórica, rude e intrometida povoava a sala, assistia ao benfica e devorava comida e cervejas. um episódio nada agradável que me fez desejar mentalmente que se exterminasse o futebol da face da terra.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
terça-feira, 19 de julho de 2011
horta&jardim

a horta alterou alguns dos nossos habitos de fim de tarde que passaram a incluir as tarefas de regar, plantar, tirar daninhas, etc. de modo que, muito frequentemente os dias prolongam-se ainda no quintal entre tarefas e brincadeiras adiando o jantar lá para as 9 ou 10 h da noite.
para já as doenças e pragas são uma novidade e demoramos eternidades em pesquisas e decisões sobre como tratar ou o o que fazer pois estamos a tentar evitar os químicos.
outro assunto por resolver é o jardim que está longe do que eu gostaria de fazer. por enquanto só lá moram aromáticas resistentes e, a maior parte delas, ainda pequenas.
e assim, um dos grandes interesses de tudo isto que é ver as plantas crescer e ganhar forma é, ao mesmo tempo, uma tremenda fonte de impaciencia e frustração, pelo menos para mim.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
o rating
inesperadamente gostei de ouvir algumas declarações ao longo do dia de hoje. a uma só voz, as críticas às agencias de rating uniram sensibilidades diferentes. ainda bem. gostei especialmente de ouvir o alberto joão jardim (penalizo-me, penalizo-me, penalizo-me!).
e já agora quem é que investiga - mas mesmo a sério, os interesses e os tentáculos destes bandos de malfeitores que são as agencias de rating???
e já agora quem é que investiga - mas mesmo a sério, os interesses e os tentáculos destes bandos de malfeitores que são as agencias de rating???
segunda-feira, 4 de julho de 2011
a têmpera do novo 1º ministro
menos de dois meses depois paços coelho esquece porque pediu desculpas aos portugueses e, para que não restem dúvidas, apresentou um novo imposto a pagar até final do ano. Toma lá que é para aprenderes ó papalvo (português)!
acresce a subida do IVA em bens de primeira necessidade - a sério senhor primeiro ministro, não encontra mais nada para taxar senão o leite, o pão e outros bens de primeira necessidade? os portugueses estão gordos é o que é, e precisam de passar fome.
há um nome para isto que é ROUBO e devia haver pena pesada para quem o perpetua.
no mesmo dia em que o presidente da republica anuncia aos portugueses que tão depressa não sairemos da crise a assembleia da república assume que vai gastar mais. mais em combustível, mais em higiene, mais em material de escritório. não sei quanto ao resto do mundo mas eu pago o meu combustível para ir trabalhar, o estado não me dá uma casa, nem nenhuma das outras regalias que os srs. trabalhadores da assembleia da republica têm. e não me venham falar das condições de dignidade que este trabalho exige, raios vos partam.
há um limite para o que é possível cobrar às famílias portuguesas. há um limite para exigir mais do mesmo e sempre aos mesmos.
acresce a subida do IVA em bens de primeira necessidade - a sério senhor primeiro ministro, não encontra mais nada para taxar senão o leite, o pão e outros bens de primeira necessidade? os portugueses estão gordos é o que é, e precisam de passar fome.
há um nome para isto que é ROUBO e devia haver pena pesada para quem o perpetua.
no mesmo dia em que o presidente da republica anuncia aos portugueses que tão depressa não sairemos da crise a assembleia da república assume que vai gastar mais. mais em combustível, mais em higiene, mais em material de escritório. não sei quanto ao resto do mundo mas eu pago o meu combustível para ir trabalhar, o estado não me dá uma casa, nem nenhuma das outras regalias que os srs. trabalhadores da assembleia da republica têm. e não me venham falar das condições de dignidade que este trabalho exige, raios vos partam.
há um limite para o que é possível cobrar às famílias portuguesas. há um limite para exigir mais do mesmo e sempre aos mesmos.
quinta-feira, 30 de junho de 2011
e outras coisas que realmente interessam
paços coelho anda atarefado em apresentar medidas que resolvam estes numeros trágicos (o déficit de mais de 7% não é?) como alguém lhe chamou hoje e para isso arranjou mais um imposto extraordinário (mais IRS num ano em que já fomos taxados forte e feio), mais IVA, e mais sabe-se-lá-o-que-é-que-estes-aventureiros-vão-inventar. porque é que os estados unidos não lhe movem uma perseguição e tratam de exterminar a criatura? assim como assim paços coelho está a matar o seu povo, a persegui-lo! paços coelho e kadafi têm alguma coisa em comum, não?
dos dias que correm
E pronto a europa lá se decidiu a aprovar mais um pacote de ajuda aos bancos alemães...errrh à grécia. assim como assim os gajos já vão passar as próximas décadas a contribuir activamente para o superavit do FMI e do banco central europeu e outros quejandos. o povo que se mate na rua ou que morra à fome de uma vez. o que é um povo, uma historia, uma cultura quando estão em causa interesses tão mais importantes como os desses especuladores sem rosto nem país?!
nos últimos dias fartei-me de ouvir comentários maus sobre um jovem mais ou menos conhecido que morreu na estrada. não sei quem é mas só me ocorre que a morte de um jovem na estrada é sempre um desperdício, uma perda irreparável.
para variar ouvi, hoje na radio, uma notícia que me parece interessante: qualquer coisa sobre os novos povoadores, gente que sai das cidades e vai viver para o campo, em busca de uma vida diferente, numas coisas melhor e noutras bem pior do que aquela que tinham. de qualquer forma parece-me uma ideia interessante que talvez pudesse ser enquadrada num conjunto de medidas mais vasto para revitalizar o interior. assim houvesse visão.
nos últimos dias fartei-me de ouvir comentários maus sobre um jovem mais ou menos conhecido que morreu na estrada. não sei quem é mas só me ocorre que a morte de um jovem na estrada é sempre um desperdício, uma perda irreparável.
para variar ouvi, hoje na radio, uma notícia que me parece interessante: qualquer coisa sobre os novos povoadores, gente que sai das cidades e vai viver para o campo, em busca de uma vida diferente, numas coisas melhor e noutras bem pior do que aquela que tinham. de qualquer forma parece-me uma ideia interessante que talvez pudesse ser enquadrada num conjunto de medidas mais vasto para revitalizar o interior. assim houvesse visão.
sexta-feira, 17 de junho de 2011
a transformação de alice
alice tinha vindo de uma aldeia lá do norte, de uma família onde abundavam irmãos e trabalho no campo. trabalhara desde que se lembra de ser menina, desde que tivera algum tino para ir fazendo pequenas tarefas que ajudavam a mãe na sua infindavel jornada de trabalho.
de modo que não era de estranhar que na sua memória habitasse uma mãe extenuada na eterna luta do trabalho do campo e de casa, onde nenhum homem mexia uma palha.
quando se otrnou uma jovem rapariga começou a acompanhar uma família rica lá da terra, como ama das crianças pequenas, uns fedelhos impossíveis que ela aturava estoicamente só para poder sair de casa durante o verão, ir à praia e ao algarve, coisa impossível de sonhar com a sua propria família.
quando completou os dezoito anos anunciou que iria para a universidade e, na sua teimosia silenciosa, venceu a resistencia de todos. escapuliu-se para o outro extremo do país para estudar no primeiro curso em que viu garantida a sua entrada.
chegou à universidade pelas suas proprias mãos e daí para a frente nunca mais dependeu de ninguém. na universidade foi tudo mais dificil do que esperava.
as intelectuais achavam que ela era burra, apesar de lhe pedirem os cadernos quando chegava a altura das frequencias. as outras, as giras, achavam-na uma labrega, feiosa e puritana. Alguns professores gozavam-na por ser ignorante e insegura. mas alice persistiu, cerrou os dentes, limpou o suor que se lhe formava por cima do lábio superior sempre que começava a sentir-se insegura e tratou de acabar o curso. entricheirou-se num part-time a arrumar livros numa biblioteca escura de uma fundação poderosa da cidade.
deixou-se ficar.
enamorou-se por um colega de turma. um tipo alto, que era militar e que gostava de outra. uma daquelas que a gozava. mas filou-se-lhe e quando deu por si namorava com ele. acabaram a viver juntos, num apartamento comprado a meias. uma coisa horrível que lhe custou mais do que toda a sua vida de trabalho e resignação.
o sexo era um nojo, doía-lhe, fazia-a sentir-se porca. tudo lhe parecia errado. em sonhos aparecia-lhe a mãe com o seu ar de reprovação silencioso. casou na tentativa vã de apagar o pecado em que julgava viver. por essa altura já não suportava o homem que lhe fazia lembrar o pai e os irmãos.
deu por si a viver a vida da mãe, ainda que a umas boas centenas de km, numa casa limpa e já num emprego relativamente bem pago.
um dia lembrou-se de dizer ao homem que mais valia dormirem em quartos separados. ela dava-lhe sexo uma vez por semana e ele deixava-a em paz. o homem aceitou. era um cobarde preguiçoso e alice começou a perceber como viver com ele.
ninguém sabe como mas acabou por mandar o homem embora. ou isso ou ele sentiu-se tão mal que acabou por deixa-la.
de um momento para o outro alice alcançou tudo o que, secretamente, sempre quis: uma casa para viver sozinha. é verdade que continuava a ser o apartamento onde vivera com o único homem que alguma vez conhecera mas agora era dela. por alguma razão a tal fundação ficou com ela. que organização não quereria uma pessoa a trabalhar em regime de total dedicação, sem outro interesse além do próprio trabalho?
alice desabrochou, encontrou no trabalho dedicado a sua fonte de prazer, a sua razão de viver.
a cidade vê-a sair de casa muito cedo e regressar muito depois de toda a gente. mas, ultimamente até aprendeu a sorrir.
de modo que não era de estranhar que na sua memória habitasse uma mãe extenuada na eterna luta do trabalho do campo e de casa, onde nenhum homem mexia uma palha.
quando se otrnou uma jovem rapariga começou a acompanhar uma família rica lá da terra, como ama das crianças pequenas, uns fedelhos impossíveis que ela aturava estoicamente só para poder sair de casa durante o verão, ir à praia e ao algarve, coisa impossível de sonhar com a sua propria família.
quando completou os dezoito anos anunciou que iria para a universidade e, na sua teimosia silenciosa, venceu a resistencia de todos. escapuliu-se para o outro extremo do país para estudar no primeiro curso em que viu garantida a sua entrada.
chegou à universidade pelas suas proprias mãos e daí para a frente nunca mais dependeu de ninguém. na universidade foi tudo mais dificil do que esperava.
as intelectuais achavam que ela era burra, apesar de lhe pedirem os cadernos quando chegava a altura das frequencias. as outras, as giras, achavam-na uma labrega, feiosa e puritana. Alguns professores gozavam-na por ser ignorante e insegura. mas alice persistiu, cerrou os dentes, limpou o suor que se lhe formava por cima do lábio superior sempre que começava a sentir-se insegura e tratou de acabar o curso. entricheirou-se num part-time a arrumar livros numa biblioteca escura de uma fundação poderosa da cidade.
deixou-se ficar.
enamorou-se por um colega de turma. um tipo alto, que era militar e que gostava de outra. uma daquelas que a gozava. mas filou-se-lhe e quando deu por si namorava com ele. acabaram a viver juntos, num apartamento comprado a meias. uma coisa horrível que lhe custou mais do que toda a sua vida de trabalho e resignação.
o sexo era um nojo, doía-lhe, fazia-a sentir-se porca. tudo lhe parecia errado. em sonhos aparecia-lhe a mãe com o seu ar de reprovação silencioso. casou na tentativa vã de apagar o pecado em que julgava viver. por essa altura já não suportava o homem que lhe fazia lembrar o pai e os irmãos.
deu por si a viver a vida da mãe, ainda que a umas boas centenas de km, numa casa limpa e já num emprego relativamente bem pago.
um dia lembrou-se de dizer ao homem que mais valia dormirem em quartos separados. ela dava-lhe sexo uma vez por semana e ele deixava-a em paz. o homem aceitou. era um cobarde preguiçoso e alice começou a perceber como viver com ele.
ninguém sabe como mas acabou por mandar o homem embora. ou isso ou ele sentiu-se tão mal que acabou por deixa-la.
de um momento para o outro alice alcançou tudo o que, secretamente, sempre quis: uma casa para viver sozinha. é verdade que continuava a ser o apartamento onde vivera com o único homem que alguma vez conhecera mas agora era dela. por alguma razão a tal fundação ficou com ela. que organização não quereria uma pessoa a trabalhar em regime de total dedicação, sem outro interesse além do próprio trabalho?
alice desabrochou, encontrou no trabalho dedicado a sua fonte de prazer, a sua razão de viver.
a cidade vê-a sair de casa muito cedo e regressar muito depois de toda a gente. mas, ultimamente até aprendeu a sorrir.
terça-feira, 14 de junho de 2011
parcerias vegetais
estou muito interessada em explorar as vantagens de plantar vegetais, flores e aromáticas juntas para poder potenciar as características de cada uma em benefício de outras. nas pesquisas que fiz descobri que algumas flores de jardim afastam insectos indesejáveis, repelem invasores e ajudam a combater pragas.
até aqui tudo bem. sei que encontrarei mais informação útil á medida que for tendo tempo para pesquisar e testar soluções.
entretanto comprei algumas carteiras de sementes e espalhei -as em alguns pontos fundamentais.
o problema é que agora não sei distinguir as flores das daninhas o que me parece coisa de verdadeira maçarica! e isto é assumir que as flores até nasceram porque pode não ter acontecido nada disso!
até aqui tudo bem. sei que encontrarei mais informação útil á medida que for tendo tempo para pesquisar e testar soluções.
entretanto comprei algumas carteiras de sementes e espalhei -as em alguns pontos fundamentais.
o problema é que agora não sei distinguir as flores das daninhas o que me parece coisa de verdadeira maçarica! e isto é assumir que as flores até nasceram porque pode não ter acontecido nada disso!
segunda-feira, 13 de junho de 2011
a economia por uma e.coli
e eis que a Alemanha se vê, finalmente, na eminência de provar do veneno que infligiu à Grécia, à Irlanda e a Portugal. era bem feito pois não era? a falta de solidariedade de que estes países têm sido vítimas, muito por influência do governo alemão e francês pode agora aplicar-se aos produtos que a Alemanha exporta a saber a carne e os legumes.
e se, a propósito das contaminações - pelos vistos ainda por localizar, pela bactéria E.Coli deixássemos todos de comprar a carne alemã e os seus legumes? só por curiosidade a Alemanha é o maior exportador de carne da europa e o 6º maior exportador europeu de legumes.
nos últimos dias tenho lido que este tipo de bactéria se desenvolve muito mais facilmente na carne e o leite e que esta sim, (a carne de porco) será a grande causadora de todas estas mortes que já aconteceram naquele país.
a verdade é que, pela terceira vez consecutiva, a hipótese de contaminação pelos rebentos de soja está descartada mas ninguém fala na carne de porco, uma industria verdadeiramente importante para a economia alemã.
vejamos então a receita: por razões de economia nacional, digamos assim, boicotemos a compra de produtos chineses e alemães. acabou-se o lidl e &ª.
e se, a propósito das contaminações - pelos vistos ainda por localizar, pela bactéria E.Coli deixássemos todos de comprar a carne alemã e os seus legumes? só por curiosidade a Alemanha é o maior exportador de carne da europa e o 6º maior exportador europeu de legumes.
nos últimos dias tenho lido que este tipo de bactéria se desenvolve muito mais facilmente na carne e o leite e que esta sim, (a carne de porco) será a grande causadora de todas estas mortes que já aconteceram naquele país.
a verdade é que, pela terceira vez consecutiva, a hipótese de contaminação pelos rebentos de soja está descartada mas ninguém fala na carne de porco, uma industria verdadeiramente importante para a economia alemã.
vejamos então a receita: por razões de economia nacional, digamos assim, boicotemos a compra de produtos chineses e alemães. acabou-se o lidl e &ª.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
dia de portugal
"Não podemos falhar. Os custos seriam incalculáveis" Não está mal o discurso do presidente no dia de portugal, eu é que gostava de não saber que ele já foi 1º ministro e responsável por coisas como a negociação de uma PAC ruinosa para nós.
depois aquela cena triste de continuar a condecorar os amigos também não ajuda nada.
depois aquela cena triste de continuar a condecorar os amigos também não ajuda nada.
da horta
segunda-feira, 6 de junho de 2011
o dia seguinte
este comentário podia chamar-se: "portugueses: iguais a si próprios!"
Portugal vira à direita ainda que sociologicamente isto não signifique muito, pois o português usa o voto - aquele que usa!, apenas para castigar os que estiveram no governo. é estranho que este direito político e de cidadania signifique tão pouco neste nosso país.
Portugal vira à direita ainda que sociologicamente isto não signifique muito, pois o português usa o voto - aquele que usa!, apenas para castigar os que estiveram no governo. é estranho que este direito político e de cidadania signifique tão pouco neste nosso país.
quarta-feira, 1 de junho de 2011
1 de junho
hoje a minha criança trazia uma blusa que lhe deram na escola para assinalar o dia. e um dinossauro - andam com os dinossauros há já uns dias, que pintou de verde e que me mostrou orgulhoso.
trazia um riso fácil de miúdo feliz e aconchegado sempre que pede e que não pede. o rosto luzidio da fartura, o ar confiante de quem é amado. uns sapatos demasiado caros para as reais necessidades destes pezinhos que conheço de cor.
a minha criança (que ilusão senhores!, que ele não é meu) que gosto tanto de cheirar, que me acode ao pensamento durante o dia, que me enche de um amor desmedido e incondicional todos os dias da minha vida desde que nasceu. a minha criança que, pese embora toda esta felicidade que me faz experimentar, não pode apagar os milhões de crianças que morrem com fome, de uma simples diarreia, que são arremessadas como estilhaços de guerra, que sonham com uma escola, com um brinquedo, com um trapo que lhes faça esquecer o frio.
que gente sem alma somos nós que deixamos o futuro apagar-se assim?
trazia um riso fácil de miúdo feliz e aconchegado sempre que pede e que não pede. o rosto luzidio da fartura, o ar confiante de quem é amado. uns sapatos demasiado caros para as reais necessidades destes pezinhos que conheço de cor.
a minha criança (que ilusão senhores!, que ele não é meu) que gosto tanto de cheirar, que me acode ao pensamento durante o dia, que me enche de um amor desmedido e incondicional todos os dias da minha vida desde que nasceu. a minha criança que, pese embora toda esta felicidade que me faz experimentar, não pode apagar os milhões de crianças que morrem com fome, de uma simples diarreia, que são arremessadas como estilhaços de guerra, que sonham com uma escola, com um brinquedo, com um trapo que lhes faça esquecer o frio.
que gente sem alma somos nós que deixamos o futuro apagar-se assim?
notícias do campo
o que é engraçado nisto de ter um quintal que exige trabalho é o ritmo do tempo que muda. durante o dia vivemos em ritmo de cidade que consiste essencialmente em correr para cumprir horários e compromissos. no final da tarde, mais ou menos a partir das 19h, o tempo abranda e anoitecemos entre as tarefas de regar, plantar e brincar. até o migas foi mordido por qualquer coisa e apareceu inchado numa bochecha.
num destes dias hei-de tirar fotografias...
num destes dias hei-de tirar fotografias...
vox populi
O comentário é sempre do mesmo tipo. Ultimamente ouço-o tantas vezes que me parece impossível que toda esta gente que assim pensa não encontre um denominador comum.
Hoje dizia-me alguém, envolvido em uma das campanhas partidárias, que está plenamente convencido que quer o PSD quer o PS estão reféns de interesses. Interesses que estão relacionados com as parcerias publico-privadas, com as grandes obras, que envolvem a maçonaria, etc, etc. Portanto a Oeste nada de novo. Dizia-me, convicto, que Sócrates tem "o rabo preso" com esta gente e não tem conseguido mexer-se e que a Passos acontecerá o mesmo apesar das suas boas intenções.
Dizia-me que a esta gente - os tais dos interesses instalados, interessa a manutenção do status quo e que é por isso que o PSD não descola nas sondagens e que o bloco central continuará a ser solução por muitos e longos anos. Que é preciso que a "coisa rebente, que bata mesmo no fundo", palavras dele, que haja fome e miséria a serio para que o povo saia à rua, que mate uns quantos e que parta umas coisas. Mais ou menos como na 1ª república.
Bom...a instalação dos tais interesses, o saque despudorado dos recursos públicos, a contaminação da coisa pública não é propriamente do desconhecimento geral. Muitos dos protagonistas estão identificados, um ou outro episódio lá vem a lume de vez em quando, sem que daí venham grandes males ao mundo, o povo português, já se sabe, é pacato e cultiva a ignorância (o que me custa dizer isto porra!) de forma obstinada.
De modo que o próximo dia 5 não representa grande coisa na historia contemporânea deste país.
Pela minha parte não tenciono votar em nenhum dos partidos do arco governativo e muito menos abster-me.
Hoje dizia-me alguém, envolvido em uma das campanhas partidárias, que está plenamente convencido que quer o PSD quer o PS estão reféns de interesses. Interesses que estão relacionados com as parcerias publico-privadas, com as grandes obras, que envolvem a maçonaria, etc, etc. Portanto a Oeste nada de novo. Dizia-me, convicto, que Sócrates tem "o rabo preso" com esta gente e não tem conseguido mexer-se e que a Passos acontecerá o mesmo apesar das suas boas intenções.
Dizia-me que a esta gente - os tais dos interesses instalados, interessa a manutenção do status quo e que é por isso que o PSD não descola nas sondagens e que o bloco central continuará a ser solução por muitos e longos anos. Que é preciso que a "coisa rebente, que bata mesmo no fundo", palavras dele, que haja fome e miséria a serio para que o povo saia à rua, que mate uns quantos e que parta umas coisas. Mais ou menos como na 1ª república.
Bom...a instalação dos tais interesses, o saque despudorado dos recursos públicos, a contaminação da coisa pública não é propriamente do desconhecimento geral. Muitos dos protagonistas estão identificados, um ou outro episódio lá vem a lume de vez em quando, sem que daí venham grandes males ao mundo, o povo português, já se sabe, é pacato e cultiva a ignorância (o que me custa dizer isto porra!) de forma obstinada.
De modo que o próximo dia 5 não representa grande coisa na historia contemporânea deste país.
Pela minha parte não tenciono votar em nenhum dos partidos do arco governativo e muito menos abster-me.
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