sexta-feira, 30 de outubro de 2009

factos

De entre as pouquíssimas mulheres que integram o XVIII Governo Constitucional quantas têm filhos pequenos?
Quantas têm menos de 40 anos?

Será correcto afirmar que família e carreira na política são incompatíveis? Não há mulheres competentes em Portugal com filhos pequenos e menos de 40 anos?! A sério?
Não há mesmo?

Já agora: o número de mulheres em secretarias de estado é vergonhoso. Nem as ministras escolhem entre as suas pares.

Isto é sintomático não?

3 comentários:

disse...

Mas ainda pior: Foi criada uma Secretaria de Estado da Igualdade! Para quê, se logo na altura do parto não teve qualquer consequência positiva na nomeação dos secretários de Estado? Quem acredita na sua eficácia?

Dores Correia disse...

O equilíbrio está muito longe de atingir.
Tenho para mim que um dos maiores obstáculos é a falta de consciência face ao problema. Muitos perguntam "não são elas que já mandam em tudo? Lá em casa, na saúde e na educação?", outros acham que é só um problema das feministas que ficaram perdidas no século XX, outros acham outras coisas...
O problema da representatividade política mais equilibrada em função do género é um sinal importante para a construção desse equilibrio por atingir.
Porque na formação de mentalidades o poder e o Estado desempenham papéis por demais relevantes.

S disse...

As mulheres que entram na carreira política com a idade média de 50 anos (não tenho nada contra estas mulheres, atenção!) ajudam a perpetuar o modelo de organização que temos. Em tudo: na política, nas empresas, no aparelho de estado, em tudo! Porque já estão "livres" para poderem sujeitar-se à tal forma ínvia de funcionar! As coisas só mudarão quando as mulheres que assumirem estas funções tiverem a coragem de romper com o status quo porque têm que amamentar, que levar os filhos à escola ou a mãe ao médico. Será que ainda nos lembramos do escândalo que foi a gravidez da Rachida Dati em França?
Ou os comentários idiotas, que surgiram por toda a parte, quando Carme Chacón Piqueras, grávida, passava revista às tropas?