terça-feira, 28 de julho de 2009

mulheres - hoje

Uma amiga faz tese de mestrado e corre contra os prazos.
Uma amiga regressou a casa com uma bebé muito pequenina e recupera de uma cesariana. Penso que experimenta agora as maravilhas do enamoramento por um filho e os dias que se confundem nas noites.
Uma outra conduz sozinha para "os venenos" todas as segundas e contou isto numa reunião de trabalho, entre agendas e papeis, como se de uma ida ao pingo doce se tratasse. "é benigno- diz ela, perante o nosso olhar subitamente aterrorizado. - então não sabes que eu não morro assim?".
Há uma que comenta que sabe que o casamento não há-de ser para toda a vida mas que, se ele se fosse embora agora, levava um "grande abanão" - que é a maneira que ela tem de dizer que é doida pelo homem e que nunca mais se recompunha.
Eu hoje fui desautorizada por uma coisinha de caca e ainda terei que descobrir uma forma de reconquistar o espaço, que perdi em minutos e que levei meses a conquistar.

Portanto...estamos muito longe daqueles estereótipos criados na fabulosa série o sexo e a cidade - que eu adoro rever e de todos os mitos das mulheres urbanas em que hoje tropeçamos. Mas não nos chateamos nada com isso!

3 comentários:

Anónimo disse...

Muitas e muitos de nós bem nos insurgimos sobre os perigos dos esteriótipos e mitos... Lá mais atrás falávamos muito dos prejuizos de tudo etiquetar e enviar para gavetinhas pré construidas... A verdade é que as solicitações foram aumentando, a pressão acumulando e nós (os mesmos que bradavamos contra) esquecemos tudo e começamos a etiquetar e engavetar... pelo medo do caos, pelo desejo de permanecer à tona.

Adorei o teu "post", Sofia, porque ele remete para a constatação e regozijo pela diversidade, para a necessidade de nos olharmos de forma diferente. Não somos , nem queremos ser igual ao outro(a)... mas ainda não perdemos a mania de nos encostarmos a essas falsas bengalas. Uma amiga disse-me no outro dia que 2temos que nos concentrar nos valores de terceira geração: diversidade, autonomia, solidariedade. (partindo do principio que os da 1ª e 2ª estão assimilados.

Bjs.
Dores

S disse...

e esses valores de 1ª e de 2ª geração reportam-se exactamente a quê? à pirâmide das necessidades?!

idealmente deveríamos estar numa fase da nossa evolução - enquanto seres humanos, que se pautasse por valores desse género, ou dessa geração mas...estaremos mesmo?!

Ana Clérigo disse...

Como eu te entendo!
Partilho alguns destes sentimentos contigo.
Perdemos num segundo o que levámos meses a fio a conquistar e por vezes pelas razões mais estupidas e descabidas.
Enfim,há que pensar que o dia de amanhã será melhor que o de hoje.

bjs minha linda