Tento não vacilar nesta minha tarefa de lhes estimular alguma iniciativa. Nem que seja a de sonhar.
- "que sonhar não paga impostos meninas, vamos a isto", insisto.
E então algumas lá começam a rabiscar umas ideias sobre abrir uma estufa de flores, vender muitas e ficar muito rica. E depois já podia comprar a casa dos meus sonhos que é uma vivenda muito boa e com um jardim muito grande, cheio de plantas exóticas. Uma outra, espevitada, vai enumerando razões que poderiam fazer uma micro-empresa de jardinagem dar certo. Animo-me. Isto assim é capaz de ir lá.
Aqui e ali chamam-me para saber se estão no caminho certo. Há uma que gostaria de trabalhar com plantas aromáticas - regozijo!, querem ver?!
E então começo a ler "e depois comprava o jornal e havia lá um anúncio que pedia um casal para trabalhar numa casa. E eu e o meu marido íamos lá e ficávamos a trabalhar numa casa muito grande e muito rica, para um casal de velhotes que logo se agarravam muito a nós e prometiam-nos a sua riqueza. E depois morriam e deixavam-nos tudo em testamento. E como a casa era muito grande e só já lá estávamos os dois eu contratava muitos empregados, chamava os meus filhos e dava muitas festas! Muitos almoços de família e assim. E financiava isto tudo com a herança que me tinha deixado os velhos."
Senhores! , a estória, alfinetando o meu pequeno balão de entusiasmo, prolongava-se por folhas várias, com pormenores sobre as festas e a piscina.
5 comentários:
Oh Deus!!! Será que foi uma das que eu julgo?!
ora aposta lá!
Huummm... Deixa lá ver... Foi uma das srªs mais complicadas? Daquele grupo de 4???
não...é mais na ponta
(que isto não seja mal interpretado hem?)
claro que não! mas ao ler o texto vi que tinha que sair de uma daquelas 14 cabecinhas!!! :P
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