quarta-feira, 30 de junho de 2010

quando o corpo nos trai

insónias: o corpo procurou incessantemente uma posição de conforto em que pudesse adormecer, atravessou as divisões escuras da casa, refugiou-se na emissão tardia da televisão. sem sucesso.
os barulhos da casa adormecida agigantaram-se e, com eles, a dor de cabeça. eram sete quando o sofá da sala, agora atravessada pelos carros que já estreavam a manhã na rua, lhe deu guarida. às oito acordou o mais pequeno numa explosão de energia. depois foi a sucessão habitual de tarefas realizadas mecânicamente, na tentativa de ignorar a agonia que se apoderou dos membros.

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