segunda-feira, 8 de junho de 2009

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Lá exercitei o meu direito de pôr a cruzinha. À hora de almoço surgiu, entre amigos, a conversa sobre o apelo ao "não-voto" que o Marinho Pinto tem feito. Como forma de mostrar que este sistema não nos serve, diz ele. Há uns anos foi Saramago que apelou ao voto em branco.

Confesso que me apetecia mais o voto em branco. Não reconheço esse papel que "alegadamente atribuem ao não voto" e vejo, apesar de o sistema só contabilizar os expressos, o voto em branco como sendo de protesto. E não me falta vontade de protestar. A começar pelos valores escandalosos gastos em campanhas eleitorais - quando toda a a gente faz sacrifícios! e a acabar nos discursos populistas dos candidatos, não faltam motivos.
Os tipos perdem o pudor em noites de resultados e podemos então vê-los na plenitude da sua mediocridade. Suados, sempre vitoriosos (independentemente dos resultados) saudando os restantes eleitos - que durante toda a campanha insultaram e prometendo aos portugueses (haja lata!) que nos representarão e aos nossos interesses, em Bruxelas.
Há lá melhor do que isto?!

Há pois, então não há!
Os candidatos a cargos nacionais a prometer que baixam os impostos!

1 comentário:

MP disse...

É verdade, cara S.
É verdade o que diz sobre o voto em branco, é verdade o que diz sobre o dinheiro que se gasta nestas coisas, é verdade que as promessas e os discursos são uma farsa.
Será que não se arranja por cá nada - ou ninguém - com mais um bocadinho mais de dignidade?

um abraço