Há em cada um de nós um pequeno David.
Sei-o há muito. Podemos ter a sorte de nunca precisar de o acordar. O que significa que o Golias que nos está destinado também não será muito assustador.
Conhecemos alguém que luta ferozmente, numa luta desigual, com o seu Golias que assume proporções verdadeiramente demoníacas. O Golias está dentro dele e alimenta-se das suas próprias forças. É uma luta de morte.
Não sabemos quando nem como terminará. Não se pode fazer nada. Nem sequer amparar-lhe braço quanto ele tenta atirar pedras com a sua fisga remendada.
Só esperar. Ao lado dele há uma mulher que vigia. Por vezes até à exaustão do desmaio. Mas apresenta-se sempre com um sorriso rasgado. É um pequeno milagre. Tudo o que ela faz é um pequeno milagre num país que a acolheu mal.
(Hoje escrevo assim) porque não me quero esquecer que cada pequena vitória de um David é forjada no sangue de outro que pereceu. É isto a humanidade. É esta a nossa herança e temos a obrigação de os honrar a todos. Aos que pereceram e aos que se mantiveram de pé, nas pernas rasgadas e enfraquecidas.
2 comentários:
S. concordo contigo o bem de uns há-de ser sempre o mal de outros...
bjkas para ti e para o cachopinho, by the way como é que ele tem andado das bronquiolites?
não passaram. o inverno trouxe-nos várias infecções respiratórias bem assim como o inicio da primavera.
estou farta, fartíssima, desta parte. obrigada por perguntares
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