quarta-feira, 28 de julho de 2010

Nos últimos dias voltei a cruzar-me com mulheres muito novas com filhos nos braços. Mulheres que foram mães aos 13, aos 15 ou 16 quando ainda eram só raparigas a querer viver a vida.
E continuam a ser raparigas a querer fazer as coisas que a idade delas recomenda - como namorar, sair com amigos, passear, beber copos, dançar e já não-sei-quê-mais, só que com um, ou dois, ou quatro (!) filhos agarrados às saias. A coisa é de tal ordem que uma tem um bebé com 20 dias e já deixou de almoçar porque "está gorda". Já não tem leite, registei.
Ando a tentar esticar os meus limites para não julgar, para não chamar a atenção, para controlar o raspanete que a toda a hora me entoa na cabeça. Em suma, para me manter tão neutra quanto possível.

Ora este exercício, sem ser novo para mim, é quase violento em especial porque envolve crianças e algumas muito pequenas. Eu não sou assistente social, não lhes pago salário e não tenho outra responsabilidade sobre elas que não seja dar-lhes formação. De modo que - prevejo, vou andar muito absorta nestes dilemas nos tempos que se aproximam.

1 comentário:

Rita Camões disse...

:( ai Sofia e o que me dá nos nervos pessoas bem formadas que fazem exactamente a mesma coisa. é que essas cachopitas ainda têm a desculpa da imaturidade, mas sabes tão bem como eu que há mulheres que por pura vaidade tiram o peito aos filhos ou nem sequer lho dão.

Aguenta cachopa e tenta apoiá-las naquilo que puderes e achares que deves claro!

Beijos para ti e para o cachopito.