sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

resistiu bem

Parece ter aguentado bem o impacte das vacinas. Não fez febre, apesar de ter sido prevenida pela enfermeira acerca dessa possibilidade. Vamos ver como corre a noite.

A tarde esteve tão bonita e solarenga que resolvemos sair para dar um passeio. Passamos pela biblioteca. Ora o piolho resolveu tirar uma boa quantidade de livros dos sítios sem se interessar por um único. Por outro lado correu aos gritos atrás de um menina chamada Mariana que lhe chamava bébé e queria dar beijinhos e, por fim, encaixou-se num dos suportes para os livros e bonecos que estão no meio da sala e dali não queria sair.
Que há com os miudos e os espaços apertados? Parecem gatos! Na volta para casa quis colo. Recusou sentar-se no carrinho e muito menos pôr os pés no chão.

Por alguma razão os braços continuam a ser a única parte tonificada no meu corpo.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

de morrer a rir

Hoje foi dia de vacinas. Por isso ficamos os dois em casa o dia todo.
Ao almoço comeu quase tudo sozinho muito satisfeito. Claro que tenho que lhe por a comida na colher (porque ele ainda só consegue apanhar bocadinhos muito pequenos) mas lá foi comendo.

Depois dei-lhe pera cortada em pedacinhos e ele quis continuar a comer com a colher. Foi de rir às gargalhadas: ele a por a pera com a mão na colher e a levá-la à boca. A pera escorregava, eu ria-me, ele ria-se. Às tantas atirou com a colher para o lado e tratou de comer com a mão. Entre um bocadinho e outro dizia "futa, futa"

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

comprinhas



Ténis novos da lego. Já tinha experimentado os polares e gostei.
Finalmente encontrei meias com uma percentagem decente de algodão:98%. Da Falke.
Depois de ter comprado meias em todo o lado percebi que não há diferença substancial nas percentagens de algodão: experimentei na chicco, na petit patapon, na benetton, na zippy, no modelo, etc, e tal.
Destas gosto.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

está um amoroso

"Vamos dormir?" Começa logo a encaminhar-se para a porta da sala. "Dá beijinho ao pai" Se está para aí virado - como hoje, manda beijinho com a boca (parece um passarinho a chilrrear e a fazer trejeitos com a boca). Também manda beijinhos com a mão. Uma delicia.

Mas o que ele gosta mesmo é de dar "narigadas" - coisa inventada e ensinada pelo pai e que consiste, num cumprimento à esquimó, em esfregar os narizes. Procura os nossos com o dele, aproximando o rosto do nossos, ou então segura-nos a cara com as mãozitas e esfrega-nos o nariz. Faz isso muitas vezes e sem lhe pedirmos. - Que quando pedimos nem sempre está para nos fazer as vontades!

coisas simples



dizer à mãe "" apontando para o trinco da porta do quintal. "não João, que está frio e está tudo molhado". "Dá!dá!" em tom zangado e eu a ceder e a abrir-lhe a porta para o quintal, a vê-lo
avançar decidido para uma das minhas ferramentas de jardinagem e a remexer a terra de um vaso. Ai a minha vida!

coisas simples

















As teclas e os botões (do computador, do telefone, do fogão, de uma velha máquina de calcular) , ajudar o pai a levar o cesto da lenha e a por os paus na lareira, perceber como funciona o multifunções (áh!), um livro para acariciar que diz assim "gosto de ti porque..."

sábado, 23 de fevereiro de 2008

comidinhas




Come bem o piolho. É uma sorte. Claro que, de quando em vez, nos prega umas partidas e lá faz uma fita enorme para comer mas é coisa que acontece por ex. quando há mudança de rotina, quando as atenções estão demasiado focadas nele ou quando não lhe apetece mesmo.
Episódios destes não são regra.
Gosta muito de fruta e come toda a que lhe damos. De preferência à mão e inteira para poder morder, esmagar, etc. Gosta especialmente de laranjas, clementinas, tangerinas, morangos, pera, meloa, manga e papaia, melancia e melão. Acho que o que come com mais dificuldade é a maçã.
Em relação a outra comidas come muito bem a sopa ou prato. Entre as sopas come muito bem o creme de espargos com coentros e creme de grão com agrião.
Entre os pratos come bem arroz de espinafres e pescada, qualquer prato de forno (preferencialmente em papelote), massinha de tamboril, cuscus, purés de legumes e batata a acompanhar carne ou peixe. Gosta de cubinhos de fiambre e de ovos.
Não me lembro de alguma vez lhe ter dado alguma coisa que ele tivesse recusado.
É um bom garfo e acho que posso dizer com segurança que é mais de diversidade do que de quantidade.
Que se mantenha assim!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

coisas minhas

Volvido todo este tempo de que é que me lembro do dia em que o João nasceu?!

Consigo reconstituir a maior parte do dia e da noite, sem dificuldades mas algumas coisas mudaram. Constato que a recordação da dor física, da agonia que senti durante o parto e que esteve presente nas minhas recordações durante tanto tempo já não está lá. Gone!
Deve ser disso que as mulheres falam quando dizem "dores paridas dores esquecidas"

Esta descoberta reconcilia-me com aquele momento.

20 meses!
















É verdade! Já lá vão 20 meses desde que o rapaz "chegou" assim mais ou menos por esta hora.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

momentos

Pai acompanhante

Numa destas últimas semanas a crónica do José Luís Peixoto chama-se pai acompanhante e descreve o turpor sofrido do pai (ele o JLP) que à noite deixa a pediatria e se dirige para casa onde passa a noite sózinho, numa espera de silêncio, enquanto aguarda que a manhã lhe devolva a possibilidade de voltar ao hospital e aí reencontrar o filho doente e a mãe que passou a noite com ele.

Fiquei a desejar que o filho melhore rapidamente assim numa solidariedade que agora me liga a todos os pais e crianças mesmo aos que não conheço. Esta tontice que veio no pacote da maternidade faz-me arrepiar, condoer, solidarizar com os miudos e os pais que, de alguma maneira, se cruzam no meu caminho. A parte boa é que também me alegro e deliro com uma gracinha de um qualquer bébé que encontro por acaso.


Fico a pensar que os miudos não deviam sofrer. Nunca. Nem com coisinhas pequenas que, tantas vezes, nos apoquentam mais a nós pais do que a eles. Essa parte devia ficar reservada para a fase da vida em que estamos no máximo da nossa resistência física e mental. A primeira parte e a última deste percurso que fazemos - a que chamamos ciclo natural, devia ser tranquilo. Livre.

momentos

Ontem enqunto eu fazia o jantar ele entretinha-se por ali com as panelas espalhadas pelo chão, uma colher de pau e uma batata. Virou revirou a batata e às tantas meteu-a na boca. Quando é que passa definitivamente esta mania de meter as coisas na boca?! - "João a batata está crua. Para a poderes comer temos que cozinhá-la no fogão." Acto contínuo, pega na batata dirige-se ao fogão e atira com ela para lá! De seguida foi buscar a colher de pau aproximou-se outra vez do fogão e mexeu duas ou três vezes. "á tá" e ficou a olhar para mim com o ar mais satisfeito deste mundo!

Onde é que vão buscar estas coisas os espertalhões?!

domingo, 17 de fevereiro de 2008




Brincadeira com um nariz de palhaço que anda cá por casa desde o carnaval. A mania do "tá lá". Tudo serve: o telefone, os telemoveis e tudo o que se assemelhe a um telefone.
Há crianças - eu sei que há, que acatam bem aquela coisa do "não mexas aí!" e em consequência também há pais que nem chegam a tirar as coisas dos sítios. Cá em casa não tiramos nada dos armários mas andamos sempre a arrumar e a devolver os mais variados objectos ao seu lugar. Já apanhamos uns quantos cacos. Principalmente na cozinha. Alguns cd's já estão tão riscados que já nem funcionam. Alguns objectos ganharam novos lugares ou porque o João acha que é ali que têm que ficar ou porque me esqueci do seu poiso antigo.
Mas como ainda vamos no inicio da temporada...aguardemos o próximo acto.

:)


do dia dos namorados!

momentos

Enquanto ele comia a fruta, ainda sentado na cadeira fui tirando as coisas da mesa e arrumando a bancada.
De repente ouço-o dizer "á tá!"
Voltei-me e ele muito despachado a puxar o prato para o lado. "Mas ainda não acabaste a pera!"
Ele com um sorriso rasgado na cara "nãnã" e a estender os braços para sair da cadeira. O resto da fruta ficou lá!

Está irresistível, é o que é.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

a lata deste miudo!

Tem a mania de explorar os candeeiros, que coisa "Não mexas aí, olha que o candeeiro cai-te em cima e faz doi-doi" e ele a insistir "fuuuuz".
E eu a ralhar "Jooooão, ai, ai levas tautau" Ele logo muito espevitado com voz de falsete "ailhaiailhai!" e o dedito espetado no ar a dizer que não. Mas não desiste e às tantas o candeeiro, que até tem o pé alto, cai-lhe em cima. Resultado: o João a bater no candeeiro "tátau"!

coisices

Esta semana esteve um bocado cheia. Um bocado corrida.
Na quinta feira a D. Leonor (a dona das esfregonas e dos detergentes cá de casa!) veio cá ao burgo logo de manhã fazer qualquer coisa que tinha ficado por fazer na semana passada. No meio da minha pressa ouvi-a comentar "Nesta casa o trabalho nunca se acaba. É a casa que me dá mais trabalho!"
Embatuquei. Isso é porque ela trabalha para casais reformados...Não! Espera aí ?!#%! Um bocado corada de vergonha respondi-lhe entre dentes "esta semana não tenho tido tempo para fazer nada cá em casa..."

Ora esta!

Da prima Joana




Vindo de França este desenho lindo da Joana.

Obrigada querida!

nós por cá




















É rapazinho de rotinas este nosso filhote. Assim que chega a casa - mal me liga (!), corre para o armário da cozinha e dá inicio à sua tarefa mais amada: tirar todas as panelas e alguidares que lá estão.

Confirma-se que gosta mesmo de queijo da ilha. Voltou a tirá-lo do frigorífico e a comer um bom bocado.

Arranjamos um espaço só para os livros dele no armário mas ele gosta mesmo é de tirar os nossos do sítio e espalhar CD's e molduras pelo chão.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

tagarelices

Percebemos poucas palavras do que ele diz. Embora "fale" muito e se faça entender muito bem por sons e gestos. Mas vai estando cada vez menos preguiçoso e começa a dizer algumas coisas. Por outro lado repete muitas vezes o último som daquilo que nós dizemos. Estamos no bom caminho.

E nós que nem incentivamos nada o papá e mâmâ somos chamados assim.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

olha eu aqui


com os óculos da mãe!

ideias fixas



temos um ratolas cá em casa


Quando olhamos para ele tinha aberto o

frigorífico e agarrava um pedaço de queijo da ilha com as duas mãos enquanto o comia. Ficamos à espera enquanto ele, com um ar muito satisfeito, continuou a "ratar" no queijo.

Finalmente decidi cortar uma fatia e dar-lha para as mãos. Perdeu imediatamente o interesse. Fui dar com a fatia de queijo numa caixa de madeira (uma espécie de sorter) que a Dila lhe ofereceu no Natal.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

uma mania

nos últimos dias o João leva o tempo a repetir on tá? às vezes acorda de noite e fica a "falar" sózinho. depois adormece rapidamente e eu tenho que me controlar para não me rir desalmadamente com as gracinhas

conversas com médicos

as mães especializam-se em muitas coisas e em conversas com médicos também.

ontem, na última conversa com a pediatra:

"se o resultado de amanhã for positivo vai fazer este antibiótico..." - leia-se a possibilidade de uma infecção urinária.

e eu "mas como é que um miudo que até é bastante protegido apanha uma infecção urinária?" ela "pode apanhar..." e eu novamente, a tentar obter respostas "mas como é que se explica? tive o cuidado de lhe dar bastantes líquidos de o manter hidratado...pode ter sido sobredosagem de medicação?" ela"não, não é isso. pode apanhar..."
não obtive respostas apenas a indicação seguinte:"se o resultado for negativo faz o outro antibiótico durante três dias". Saí de lá com duas receitas e uma promessa que me martelava na cabeça juro que insulto o próximo médico que me falar como se fosse o único detentor do conhecimento à face da terra!

a mulher não é incompetente. até gosto dela. mas há qualquer coisa nos médicos que os faz assumir que, em geral, as pessoas não percebem o que eles dizem. e isso irrita-me muito.

dias para esquecer

4 dias reservados para um carnaval de festa, um coelhinho para vestir e tal, muitos planos para passear e tudo vencido por uma gripe chata que atacou a mãe e uma febre teimosa que incomodou o filhote.
O nosso heroi manteve-se bem disposto mas foi ficando debilitado e às tantas as perninhas dele bamboleavam quando queria andar.

Registo de uns dias que queremos deixar para trás mas que ainda não se deixam esquecer porque a casa está um caos, a febre ainda não passou completamente e o último resultado de todos os exames e análises só chegou hoje.
Assim uma infecção de origem bacteriana parece ter sido a causa da febre mas não foi possível localizá-la e, por essa razão, temos agora três dias de antibiótico às cegas pela frente.
A minha alta consideração pela ciência começa a ser posta em causa. Honestamente.

No meio de tudo isto o pai fez aninhos mas ficou sozinho em casa com o João porque a mãe teve que trabalhar. O pimpolho resiste bem disposto como se não fosse nada com ele e já vai recuperando a força nas pernas. A minha aversão à febre - mesmo sabendo que é apenas uma reacção do corpo a algo que está a combater - vai aumentando porque ela despoleta crises convulsivas no filhote.

Não há racionalidade que aguente.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008