numa fotografia que uma colega me ofereceu hoje. E depois o desabafo: "é uma das rosas do jardim que o meu filho fez para mim antes do acidente" Arrepiei-me. Eu sabia a história daquela mulher mas nunca ousei fazer nenhum comentário. Agora...era ela que me oferecia o seu desabafo. No final de uma tarde de festa, por sinal.
Contou-me como o seu mundo desabou de há um ano para cá, mostrou-me as fotografias dele, que traz sempre na mala. Disse-me que todos os dias, todos, é um esforço enorme para continuar e que só o faz porque sente que é ele que lhe dá força. Tenho que continuar a ser a mãe de que ele tanto se orgulhava. E eu, que tola, a responder-lhe que tem que continuar por ele mas sobretudo por si que continua cá e tem que encontrar outra vez uma razão para viver.
O que é que eu sei de uma dor assim? Só a desconfiança de que não a suportaria.
Hoje voltei para casa com o coração apertado.
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