Queria uma daquelas bandejas marroquinas, que também são mesas, para pôr os copos e o bule de chá. Gosto tanto daquelas cores, dos materiais, dos objectos cuja função real, na maior parte das vezes, desconheço. Dos tapetes, dos candeeiros, dos espelhos, etc, etc. nem vale a pena alongar-me.
Mas não me entendo com aquela cultura de negociadores/regateadores deles. Queria uma bandeja pronto. Alertada pelo Zé: não lhes dês tudo o que te pedirem, lá entrei na tenda com as piores expectativas. Escolhi, quanto é? - 100 euros - 100 euros???! - está bem vou-te ajudar, dizia ele com um à-vontade-a-toda-a-prova. 70 euros. Não tenho esse dinheiro todo, defendi-me. Quanto tens? Vou-te ajudar, 60 euros e dou-te as patas. As patas? Não posso dar esse dinheiro todo, não tenho. Está bem 50 euros. Toma.
Entreguei-lhe o dinheiro (por acaso era todo o dinheiro que tinha na carteira) e saí dali com a nítida sensação de que se tivesse resistido mais um bocadinho tinha conseguido a bandeja/mesa por bastante menos. Detesto esta maneira de negociar.
Mas fica muito bonita com os copos e o bule, lá isso fica!
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