Portugal está hoje entre os dez países mais envelhecidos do mundo. Aqui há uns anos o envelhecimento da população era um sinal de desenvolvimento. Dizia-se então que, por via da melhoria das condições de vida, da saúde em geral, da implementação de melhores condições de trabalho, etc., a vida podia prolongar-se. E se cresceu a esperança média de vida em Portugal!
Poucos anos volvidos e fala-se agora da "maldição do envelhecimento" que afecta países como o Japão, a Alemanha ou Portugal e aponta-se este fenómeno demográfico como causa da estagnação do crescimento da economia. Não compreendo este argumento, menos ainda quando se fala do Japão ou da Alemanha mas, como sempre, as relações estatísticas mais estranhas parecem justificar tudo.
Estranho é também o modo como a família alargada do sul da Europa, onde tinham lugar os velhos, as crianças e todos em geral, se desmoronou em poucas décadas, como a teia de laços sociais que garantia a sobrevivência e o acolhimento dos mais desprotegidos deslaçou. Esta transformação social é que é grave e não o envelhecimento como querem agora fazer-nos acreditar.
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