A ameaça de uma tempestade abateu-se sobre os dias calmos desta mulher extraordinária que tenho o privilégio de conhecer. e de quem gosto muito. (e se é fácil gostar dela senhores!)
e, perante esse complot ignóbil, escuro, como escuros são os corredores de certas cátedras neste país, esta mulher permaneceu calma, vertical, crente numa saída razoável.
a história, que eu vi repetir-se algumas vezes enquanto eu própria frequentei aquela universidade, conta-se em meia dúzia de palavras: um galo novo à procura de lugar e um outro, velho e vaidoso, seguro do seu. nesta disputa só há um problema: é que normalmente as vitimas são os alunos incautos , candidatos ao reconhecimento do mérito e do valor do seu trabalho. na maioria das vezes os pobres nem se apercebem que, naquele momento, discute-se tudo menos o conteúdo da sua tese.
que esta é a historia de uma tese de mestrado, arguida por um burgesso (porque hay que tenerlos CJ!), defendida com garra pela única heroína daquele episódio académico triste e que ainda vai dar muito que falar.
a história confirma-nos isto mesmo: quem ousa ir mais além às vezes tem que se bater com a inercia, com o conservadorismo, com os corredores cinzentos dos feudos que estão, há demasiado tempo, instalados na universidade portuguesa.
e por isso hoje é importante que se diga: a sociedade civil tem o direito e o dever de saber o que se passa nas suas universidades e de questionar a sua conduta.
1 comentário:
Fiquei sem palavras...
Em seu lugar ergeu-se a ternura
e uma grata emoção a transbordar.
Dores
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