sábado, 11 de fevereiro de 2012

as vozes clamam na rua, da ibéria à grécia e, mesmo assim, os lideres aceitam deitar-se mansamente aos pés dos donos, quais cães amestrados, fieis e temerosos. gente sem fibra, sem ponta de orgulho nem de noção do que é defender o seu povo. são gente que merece a raiva e o desprezo dos homens e das mulheres que lutam todos os dias por uma vida melhor. são gente sem cultura, sem dimensão de qualquer espécie que aprenderam uns estrangeirismos e subitamente ganham ares de pregadores de moralidade e bons costumes. gente assim que governa países - como o nosso, sem que nada lhes aconteça. estranhos tempos.

do colector de impostos

estranha-se o comentário do ministro da saude acerca dos dadores de sangue: que uma pessoa que é dadora não deixará de o ser só porque passa a pagar taxas moderadoras. pois claro que nao senhor ministro mas agora experimente fazer o exercício contrário: então uma pessoa abdica do seu tempo para fazer uma dádiva, em nome de mais nada que não seja um profundo sentimento de solidariedade e é tratada desta maneira pelo estado? já para não falar dos desperdícios de que se falou na semana passada...

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

de pieguice em pieguice

parece-me que as palavras do 1º ministro estão a ser lidas fora do contexto em que as proferiu mas não há dúvida que serviram para incendiar os ânimos. já li verdadeiros tratados, textos inspirados, outros enraivecidos, indignados, de tudo. mas o tom geral, parece-me é de revolta. outra coisa não seria de esperar nestes dias que atravessamos.
espero que os adjuntos e companhias que Paços Coelho recrutou na blogosfera (os tais que em tempos lhe chamavam ameba e outros mimos) estejam a fazer o trabalhinho de casa e a dar-lhe conta de toda esta raiva e indignação crescente.
mais uma vez elejo a Joana Lopes e o seu entreasbrumasdamemoria onde faz uma compilação do que se foi dizendo acerca deste assunto entre ontem e hoje!

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

encontros e despedidas




o mês mais pequeno do ano reserva-nos sempre momentos de celebração que não deixamos passar. começamos ontem, com o aniversario do Z e, talvez porque era dia de festa, não abri o email. tinha um bocadinho de medo do que poderia encontrar lá. hoje de manhã enchi-me de coragem e fui ver.

a I, uma pequena princesa da idade do meu J deixou-nos. só cinco anos de vida atormentada e eis que mais uma vida se perde para o terrível síndrome de dravet. hoje trago um nó muito grande no peito. parece que o ar vai faltar-me a qualquer momento.